segunda-feira, 18 de agosto de 2014

42 º FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

Entre os dias 8 e 16 de agosto, a cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, sediou o 42º Festival de Cinema Brasileiro e Latino de Gramado. Dentre longas e curtas, a mostra trouxe cerca de 70 de filmes.

Saiba mais sobre o evento na página oficial do 42º Festival de Gramado 


Na quarta-feira (06), o festival iniciou mais cedo para a população da cidade de Gramado, na serra gaúcha. O filme escolhido para uma apresentação especial foi o longa “Colegas” (2012), de Marcelo Galvão. No dia seguinte, mais uma surpresa especial: a apresentação dos filmes produzidos pelo projeto gramadense Educavídeo, resultado de ações educativas com estudantes do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino através da linguagem audiovisual na produção de curtas metragens.
Para abrir oficialmente o evento na quinta-feira (08), foi exibido o filme “Isolados”. De Tomás Portella, o longa conta com Bruno Gagliasso, Regiane Alves e José Wilker no elenco. O filme foi a última participação de Wilker no cinema e sua apresentação foi uma espécie de homenagem ao ator que morreu em abril deste ano. No mesmo dia, foi apresentado o filme “A Despedida”, de Marcelo Galvão e com Juliana Paes e Nelson Xavier no elenco. Os filmes de guerra, “Os Senhores da Guerra”, de Tabajara Ruas que relata a Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul, e “A Estrada 47”, com direção de Vicente Ferraz e que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, foram apresentados no dia 09 (sábado). No domingo (10), foram conhecidos os vencedores da mostra de curtas-metragens gaúchos e foi apresentado o filme direcionado para o público familiar e infantil “O Segredo dos Diamantes”, de Helvácio Ratton. Os vencedores gaúchos foram “Domingo de Marta” (de Gabriela Bervian, que ainda levou outras cinco estatuetas, incluindo melhor direção) e “Linda, uma História Horrível”. Os musicais “A Luneta do Tempo”, estreia de Alceu Valença no cinema, e “Sinfonia da Necrópole”, de Juliana Rojas, foram apresentados, respectivamente, na quarta-feira (13) e na quinta-feira (14), esta, a mesma data em que e o filme “Infância”, protagonizado por Fernanda Montenegro e dirigido por Domingos de Oliveira teve sua estreia nacional oficial. Estreia de Caco Ciocler atrás das câmeras, “Esse Viver Ninguém me Tira”, documentário que conta a história de Dona Aracy, esposa de Guimarães rosa, que ajudou os judeus perseguidos quando morou na Alemanha, foi o último filme apresentado no festival na noite do dia 15.


Durante o evento, quatro pessoas foram homenageadas: Flávio Migliaccio, Rodrigo Santoro, Jean Piere Noher e Walter Carvalho. Flavio Migliaccio começou sua carreira no cinema em 1956 com o filme “O Grande Momento”, de Roberto Santos, com Lima Duarte, Paulo Goulart e Milton Gonçalves. Depois disso, foram mais de 40 produções. Alguns dos principais filmes do ator foram “Como Vai, Vai Bem?” e “Os Machões”. Atualmente, pode ser visto na série global “Tapas e Beijos”, que vai ao ar desde 2011. Agraciado com o Troféu Cidade Gramado, o ator Rodrigo Santoro começou participando do curta “Depois do Escuro” (1996). Trabalhou também em “Bicho de Sete Cabeças”, de Laís Bodanzky, “Abril Despedaçado”, de Walter Salles, “Carandiru”, de Hector Babenco e os internacionais “300” e “Che: O Argentino”. Seu último papel marcante foi no filme “Heleno”. Nascido na França, Jean Pierre Noher foi criado na Argentina, onde começou a fazer cinema em 1984. Trabalhando em cinema e televisão, o ator já atou em vários países da América Latina, incluindo o Brasil. Essa é a segunda vez que recebe um prêmio em Gramado, a primeira foi em 2001 por sua interpretação em “Um Amor de Borges”. Walter Carvalho, por sua vez, premiado com o Troféu Eduardo Abelin, iniciou sua experiência no cinema ao lado do irmão Vladimir Carvalho, 13 anos mais velho e também cineasta. A estreia de Carvalho foi em 1972 com “Incelência para um Trem de Ferro”. De início, Walter trabalhou como fotógrafo, até se tornar cineasta. Dentre seus filmes mais conhecidos e premiados estão “Central do Brasil” e “Lavoura Arcaica”.
Com 794 filmes inscritos, 68 foram exibidos durante o festival. Sendo 44 concorrentes nas mostras competitivas de longas (brasileiros e latinos) e curtas brasileiros. Foram utilizados R$ 3 milhões para a realização do festival. O evento gerou 500 empregos em sua produção e organização, além de ter credenciado 2 mil pessoas (imprensa, cineastas, atores, produtores e comunidade do cinema). Cerca de 150 mil turistas circularam na cidade durante o evento. No último sábado, foi realizada a cerimônia de premiação que destacou “A Estrada 47”, “A Despedida” e “Infância” como os principais vencedores da premiação de longas brasileiros. Este último, recebendo o Prêmio Especial do Júri para a atriz Fernanda Montenegro. Conheça os vencedores de todas as categorias


Filmes Brasileiros de Longa Metragem:
Melhor Filme (R$ 65 mil): A Estrada 47, de Vicente Ferraz
Melhor Diretor (R$ 15 mil): Marcelo Galvão, por A Despedida
Melhor Atriz (R$ 10 mil): Juliana Paes, por A Despedida
Melhor Ator (R$ 10 mil): Nelson Xavier, por A Despedida
Melhor Ariz Coadjuvante (R$ 5 mil): Andrea Buzato, por Os Senhores da Guerra
Melhor Ator Coadjuvante (R$ 5 mil): Paulo Betti, por Infância
Melhor Roteiro (R$ 10 mil): Domingo Oliveira, por Infância
Melhor Fotografia (RS 10 mil): Eduardo Makino, por A Despedida
Melhor Montagem (R$ 10 mil): Tina Saphira, por Infância
Melhor Trilha Sonora (R$ 5 mil): Alceu Valença, por A Luneta do Tempo
Melhor Direção de Arte (R$ 5 mil):Noacyr Gramacho, por A Luneta do Tempo
Melhor Desenho de Som (R$ 5 mil): Branco Neskov, por A Estrada
Prêmio Especial do Júri (1): Os Senhores da Guerra, de Tabajara Ruas
Prêmio do Júri (2): Fernanda Montenegro, por Infância
Melhor Filmes (Júri Popular): O Segredo dos Diamantes, de Helvécio Ratton
Melhor Filme (Júri da Crítica): Sinfonia da Necrópole, de Juliana Rojas

Filmes Latinos de Longa Metragem:
Melhor Filme (R$ 65 mil): El Lugar Del Hijo, de Manuel Nieto
Melhor Direção:Moisés Sepúlveda, por Las Analfabetas
Melhor Atriz: Paulina Garcia e Valentina Muhr, por Las Analfabetas
Melhor Ator: Felipe Dieste, por El Lugar Del Hijo
Melhor Roteiro: Manuel Nieto, por El Lugar Del Hijo
Melhor Fotografia: Arnaldo Rodriguez, por Las Analfabetas
Melhor Filme (Júri Popular): Esclavo de Dios, de Joel Novoa
Melhor Filme (Júri da Crítica): El Crítico, de Hermán Guerschuny
Prêmio Don Quixote: Las Analfabetas, de Moisés Sepúlveda

Filmes Brasileiros em Curta Metragem:
Melhor Filme (R$ 15 mil): Se Essa Lua Fosse Minha, de Larissa Lewandowski
Melhor Diretor (R$ 5 mil): Gustavo Vinagre, por La Llamada
Melhor Atriz (R$ 5 mil): Rafaela Souza, por Carranca
Melhor Ator (R$ 5 mil): Guilherme Silva, por Carranca
Melhor Roteiro (R$ 5 mil): Caio Ryuichi Yossimi, por O Coração do Príncipe
Melhor Fotografia (RS 5 mil): Giovanna Pezzo, por La Llamada
Melhor Montagem (R$ 5 mil): Carlos Adriano, por Sem Título #1: Dance of Leitfossil
Melhor Trilha Sonora (R$ 5 mil): Sem Título #1: Dance of Leitfossil
Melhor Direção de Arte (R$ 5 mil): Caio Ryuichi Yossimi, por O Coração do Príncipe
Melhor Desenho de Som (R$ 5 mil): Guga Rocha, por História Natural
Prêmio Especial do Júri: O Clube, de Allan Ribeiro
Melhor Filme (Júri Popular): A Pequena Vendedora de Fósforos, de Kyoko Yamashita
Melhor Filme (Júri da Crítica): La Lamada, de Gustavo Vinagre

Prêmio Canal Brasil: A Vendedora de Fósforos, de Kyoko Yamashita


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