sábado, 8 de fevereiro de 2014

031. (ESPECIAL OSCAR 2014) OS CROODS, de Kirk de Micco e Chris Sanders

Divertido e original, mas longe de ser a melhor animação do ano.
Nota: 8,5



Título Original: The Croods
Direção: Kirk de Micco e Chris Sanders
Elenco: Nicolas Cage, Ryan Reymolds, Emma Stone, Catherine Keener, Cloris Leachman, Clark Duke, Chris Sanders e Randy Thom
Produção: Kistine Belson e Jane Hartwell
Roteiro: Chris Sanders, Kirk De Micco e John Cleese
Ano: 2013
Duração: 98 min.
Gênero: Animação / Aventura / Comédia

Os Croods são uma família das cavernas criada para um propósito: ter medo. Grug e Ugga são os pais da jovem Eep, do medroso Thunk e da pequena Sandy, e Gran é a mãe de Ugga. Todos vivem juntos em uma caverna, de onde saem poucas vezes, apenas para conseguir alimento. O motivo para deixar o lar tão pouco é simples: o mundo é apavorante demais, e é assim que deve ser encarado. Entretanto, todos não imaginavam que, após Eep conhecer Guy e deixar a caverna em uma noite perigosa, a vida de todos mudaria completamente.



Desde já deixo claro: não gostei do enredo do longa. A história é inteligente e agradável, mas o desenrolar é vagaroso e chato. Todavia, confesso que a criação dos personagens do longa são excelentes. São poucos os nossos heróis, mas todos são construídos de uma forma muito particular e única. Cada um deles possui suas características, seus sonhos e medos. E é esse trabalho magnífico na criação dos personagens que torna esse filme algo suportável. Até por que, será impossível não encontrar personalidades um tanto familiares nessa família que lembrará a sua com certeza. Grug é um homem que zela pelo bem da família e que faz de tudo para protegê-los. Mas também é um  homem pouco impossível, que tem a mania de planejar tudo nos mínimos detalhes, um homem que não arrisca e que acaba estragando as diversões por seu medo do desconhecido. No final das contas, apenas aquilo que não estava nos planos de Grug é que se torna algo memorável para os Croods. Ugga é a mãe, uma mulher sóbria que, como todas as mães, tenta manter as relações estáveis em sua casa, ou melhor, em sua caverna. Ela é a típica mãe que todos amamos, conhece cada um de seus três filhos, seu marido e sua mãe como ninguém e sabe como lidar com todos para tirar o melhor de cada um. Eep é uma jovem comum, ou seja, rebelde, problemática e que gosta de contrariar. Ainda é uma garota jovem que sonha com o novo e, mais importante, de sua forma torta e discreta, burlando as regras do pai, busca por novidades sempre que pode. Thunk é um garoto gordo e limitado em vários sentidos. Ele não possui a mesma fúria de Eep, muito menos a mesma coragem que a irmã. Sandy é uma criança feroz e mais parece um pequeno animal a um ser humano. Gran, por fim, é uma avó engraçada, uma mãe carinhosa e uma sogra insuportável. E, entrando para a família, temos o charmoso Guy, um rapaz que conquista Eep por trazer ao mundo dos Crood o fogo. Guy é o personagem moderno, a personificação do amanhã, do futuro, do novo.



Na direção do longa estão Kirk de Micco, em seu primeiro grande trabalho, e Chris Sanders, um experiente animador indicado ao Oscar por “Lilo & Stitch” (2002) e “Como Treinar o Seu Dragão” (2010). Além disso, Sanders tem experiência como produtor, ator, nos departamentos de arte e som e como roteirista em alguns dos principais longas animados da década de 1990: “A Bela e a Fera” (1991), “Aladdim” (1992), “O Rei Leão” (1994) e “Mulan” (1998), indicados e vencedores do Oscar. Apesar de criticar o desenvolvimento da história, devo destacar que a indicação a melhor filme de animação no Oscar desse ano é merecida por três motivos: a arte do longa é ótima, as mensagens são lindas e os personagens são excelentes. Para completar essa surpresa que é um filme com um roteiro fraco valer tanto a pena, temos os atores e atrizes que dublam os personagens de forma simpática e expressam com as vozes todas as características citadas acima: Nicolas Cage (Grug), Ryan Reynolds (Guy), Emma Stone (Eep), Catherine Keener (Ugga), Cloris Leachman (Gran), Clark Duke (Thunk), Chris Sanders (Belt) e Randy Thom (Sandy).


Apesar de ser um bom longa, “Os Croods” não possui chances no Oscar. O prêmio está entre “Vidas ao Vento” e “Frozen: Uma Aventura Congelante”, sendo este o favorito. Mesmo assim, a indicação é merecida. Aliás, diferente do ano passado, todos os cinco longas indicados na categoria merecem a indicação: “Meu Malvado Favorito 2” consegue ser uma sequência tão boa quanto o primeiro, “Ernest e Célestine” é um dos filmes mais puros e simpáticos dos últimos anos, “Vidas ao Vento” é tocante e impressionante, e “Frozen: Uma Aventura Congelante”, além de possuir uma arte impecável, possui as mensagens mais belas do ano e é um dos melhores filmes de 2014. “Os Croods” não  impressiona como “Vidas ao Vento” e não é tão perfeito quanto “Frozen”, mas possui uma mensagem bonita sobre a importância da família e sobre as esperanças em um futuro melhor, e se, ao assisti a aventura dessa família você extrair isso, então já valeu muito mais que o ingresso.


VENCEDORES DO PRÊMIO DA ASSOCIAÇÃO DOS CRÍTICOS DE FILME DE ST. LOUIS
Melhor Filme: 12 Anos de Escravidão
Melhor Direção: Steve McQueen, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Ator: Chiwetel Ejiofor, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Atriz: Cate Blanchett, por Blue Jasmine
Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto, por Clube de Compras Dallas
Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong’o, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Roteiro Original: Spike Jonze, por Ela
Melhor Roteiro Adaptado: John Ridley por 12 anos de Escravidão
Melhor Fotografia: 12 Anos de Escravidão e Gravidade
Melhores Efeitos Visuais: Gravidade
Melhor “Partitura Musical”: Marie Ebbing e Ren Klyce, por Ela
Melhor Trilha Sonora: T-Bone Burnett, por Inside Llewyn Davis
Melhor Direção de Arte: O Grande Gatsby
Melhor Filme de Animação: Frozen: Uma Aventura Congelante
Melhor Filme Estrangeiro: Azul é a Cor Mais Quente
Melhor Documentário: Blackfish


VENCEDORES DO PRÊMIO DA ASSOCIAÇÃO DOS CRÍTICOS DE FILME DO SOUTHEASTERN (SUDESTE)
Melhor Filme: 12 Anos de Escravidão
Melhor Direção: Steve McQueen, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Ator: Chiwetel Ejiofor, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Atriz: Cate Blanchet, por Blue Jasmine
Melhor Ator Coadjuvante: Jared Leto, por Clube de Compras Dallas
Melhor Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong’o, por 12 Anos de Escravidão
Melhor Elenco: Trapaça
Melhor Roteiro Original: Trapaça
Melhor Roteiro Adaptado: 12 Anos de Escravidão
Melhor Documentário: The Act of Killing
Melhor Filme Estrangeiro: A Caça
Melhor Filme de Animação: Fozen: Uma Aventura Congelante
Melhor Fotografia: Gravidade
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