sábado, 9 de novembro de 2013

058. GILDA, de Charles Vidor

Rita Hayworth em seu maior papel.
Nota: 9,0


Título Original: Gilda
Direção: Charles Vidos
Elenco: Rita Hayworth, Glenn Ford, Geroge Macready, Joseph Calleia, Steven Geray, Joe Sawyer, Gerald Mohr, Mark Roberts, Ludwing Donath, Donald Douglas
Produção: Birginia Van Upp
Roteiro: E. A. Ellington, Jo Eisinger, Marion Parsonnet e Bem Hecht
Ano: 1946
Duração: 110 min.
Gênero: Romance / Comédia

Johnny é um jovem que acaba de chegar na Argentina e, de forma inusitada, ganha a confiança do rico Ballin Mundson, a ponto de se tornar seu braço direito em seu principal negócio: um cassino. Algum tempo depois de se conhecerem, Ballin faz uma viagem e volta apaixonado e casado pela mulher que acredita ser perfeita: Gilda. O problema é que Johnny e Gilda tiveram um romance nos Estados Unidos que acabou de forma desagradável para os dois. Agora Johnny e Gilda terão de lidar com o convívio e com o fato de que Ballin jamais admitiria qualquer novo relacionamento entre os dois.


A beleza da década de 1940 é alo indiscutível: homens e mulheres viviam como se a vida fosse uma festa e o glamour era lei na vida de todos. Após o término da Segunda Guerra Mundial todo o mundo resolveu comemorar a vitória e viver mais intensamente. Para isso, os cassinos enchiam de gente bem vestida que gastava loucamente, dançava, bebia e festejava a vida. Ritmos mais felizes e divertidos eram a música da vez e as danças acompanhavam esse ritmo alegre. Vidor Charles era um simpático diretor que dedicou sua vida a fazer comédias de qualidade, e, por que não, inovadoras. Seus filmes possuíam atrizes belas – mais de uma vez trabalhou com Rita Hayworth – e roteiros inteligentes, não sendo necessárias todas as indecências e besteiras vistas nos longas atuais. Apesar disso, é impossível não falar sobre uma das cenas mais importantes da produção, a qual tomou amplitude mundial, tornando o longa proibido em muitos países: o “strip-tease” que Rita faz ao cantar a clássica “Put the Blame on Mame”, consistindo na tirada de duas luvas pretas – tudo bem, o pensamento deve ser “ela tira uma luva e proibiram o filme?”, levemos apenas uma coisa em cosideração: era Rita Hayworth tirando uma luva, e ninguém o faria com mais sensualidade e indecência que Rita Hayworth. Além dessa música, ainda temos “Amado Mio” e uma trilha sonora totalmente perfeita composta por Hugo Friedhofer, vencedor do Oscar e autor ou regente de mais de 250 trilhas sonoras ao longo dos seus 40 anos de carreira.


Rita Hayworth não era nenhuma grande atriz no cinema, mas era bonita, sexy e tinha um sorriso e uma voz inconfundíveis. Mesmo assim, nesse filme, a atriz está explêndida, fazendo jus a todo o momento de estar vivendo a personagem que dá nome a esse longa. Rita, como de costume, está sensual e canta maravilhosamente bem, além disso, tem uma desenvoltura simpática e as músicas que entoa durante o filme ficam em nossa cabeça durante dias, simplesmente pelo fato de terem sido cantadas por ela. Clenn Ford, bem como Rita, não era um ator de muitos talentos, mas, mais uma vez asemelhando-se à atriz, está muito bem e parece se adaptar bem ao papel de um homem esforçado e ambvicioso, que mostra a cada momento que não está disposto a aceitar Gilda em sua vida novamente. O melhor do ator no longa é a narração da história durante o filme, ele não aparece narrando nada, mas a entonação de sua voz diz mais do que suas palavras  ou ações poderiam denotar. George Macready vive Ballin, um vilão que foge totalmente ao que vemos todos os dias, um homem de verdade, um típico ricaço que acha que todos a sua volta devem satisfações a ele. A feição de Macready durante o filme divide-se em séria e cômica. Finalmente, não posso deixar de lembrar de Steven Geray, o garçom do cassino, Tio Pio, que nos proporciona lições de vida e ótimas risadas.


“Gilda” não é aquele tipo de longa americano da década de 40 que nos traziam morais e mais morais acerca dos mais variados momentos da vida, é uma comédia decente que tem por objetivo nos divertir, fazer rir e aproveitar a beleza e sensualiade de uma atriz como Rita Hayworth, além de fazê-la cantar e dançar para enlouquecer a todo o mundo. Além disso, esse filme foi uma novidade muito grande na época, afinal, trazia todos esses “dotes” de que tanto falo da atriz sem ser indecente ao extremo – é claro que, para a época, a dança com a tirada da luva foi escândalo, mas hoje, não há nada demais em ver a cena, mesmo que Rita a faça com mais sensualidade e provoque mais que muitas mulheres de hoje que despem-se por inteiro. Por fim, “Gilda” é um filme divertido, uma verdadeira comédia, que não precisa apelar para a indecência ou para a sexualidade para atingir qualidade a ponto de se tornar um clássico para o cinema.


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