quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

145. A SAGA CREPÚSCULO: ECLIPSE, de David Slade


O menos pior dentre os cinco filmes da franquia.
Nota: 6,5


Título Original: The Twilight Saga: Eclipse
Direção: David Slade
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautmer, Billy Burke, Xavier Samuel, Jackson Rathbone, Ashley Greene, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Kellan Lutz, Nikki Reed, Sarah Clrke, Bryce Dallas Howard, Kiowa Gordon, Tyson Houseman, Bronson Pelletier, Alex Meraz, Julia Jones, Tinsel Korey, Chaske Spencer, Gil Birmingham, Alex Rice, Booboo Stewart
Produção: Wyck Godfrey, Greg Mooradian e Karen Rosenfelt
Roteiro: Melisa Rosenberg e Stephenie Meyer (romance)
Ano: 2010
Duração: 124 min.
Gênero: Romance / Fantasia

Finalmente, após aquele susto que Edward deu em sua família de vampiros e em sua amada Bella, o casal está junto novamente, desse forma, eles começam os preparativos para  o casamento e para a transformação de Bella em vampira – a condição imposta pelos Volturi para que todos ficassem ilesos foi a de que a garota viraria um deles. Entretanto, o coração de Bella ainda pulsa em seu peito e está dividido entre o amor carnal e eterno que sente por Edward e o amor fraternal que sente por Jacob. Como se não bastasse, a louca Victoria – sim, aquela do primeiro filme que teve o amante “assassinado” pelos Cullen” – deseja matar Bella, vingar seu amor e provocar a mesma dor que sentiu em Edward, para isso cria um a legião de vampiros que já está matando inocentes.


Apesar de a série ser, como um todo, péssima, esse filme foge um pouco a regra: o enredo é o mais interessante entre todos, afinal, veremos uma guerra e tanto entre aquilo que aqui chamamos de vampiros – com a participação de seres que acreditamos serem lobisomens. Além disso, os efeitos visuais, finalmente, parecem estar melhorando e nos sentimos um pouco menos estúpidos indo até o cinema assistir ao longa (isso não será algo permanente, garanto), não que os filmes não mereçam ser vistos, eles merecem – nem que para ver que chegar ao fundo do poço não é o limite, afinal, pode-se cavar – mas essa série não chega a ser o tipo que seja necessário ir até o cinema, vale mais a pena esperar chegar na locadora, juntar uns dez amigos e locar todos de uma vez para passar por uma tortura em grupo. Enfim, se uma maratona da “A Saga Crepúsculo” for feita, esse terceiro longa dará um gás após os dois primeiros tediosos filmes da franquia. É claro que o desfecho da trama é previsível, mas de, qualquer forma, como um todo é interessante, apesar de cenas estranhas e desnecessárias, não posso me furtar de lembrar a cena na barraca na qual mais nos sentimos em Brokback Moutain que em qualquer lugar próximo a Forks, pois, enquanto Jacob abraça Bella para esquentá-la (está nevando muito lá fora) e Edward fica olhando, ela acaba adormecendo nos braços nus do lobo e Edward agradece, feliz, por Jacob estar ali, enfim, sem preconceito algum, ficou ridícula. Há mais uma coisa aqui que tenho o dever de contar, acreditem ou não, a interessante trilha sonora é composta por ninguém mais, ninguém menos que Howard Shore, sim o gênio da Trilogia “O Senhor dos Aneis” e o compositor favorito de Martin Scorsese – eles já trabalharam no vencedor do Oscar “Os Infiltrados” e no recente “A Invenção de Hugo Cabret”, por exemplo. Além dele, temos a canção “Neutron Star Collision (Love is Forever)” da excelente banda inglesa Muse.


Para falar sobre as atuações do drama sem me tornar muito repetitivo em relação às críticas anteriores e por serem muitas personagens nesse filme, vou analisá-los por vários ângulos: O triângulo amoroso: Stewart pode até estar um pouco mais adulta, mas continua apática, sem graça e não se vê motivo para tantos homens apaixonados por ela, Pattinson ainda consegue ser um pouco mais natural, mas ele camufla seus bons momentos com as insistências em não transformar Bella, alguns apontam Lautner como o mais talentoso a partir desse filme, não vejo grande coisa, além disso, a personagem continua insuportável querendo separar os outros dois,. A família Cullen é composta por Robert Facinelli (Carlisle Cullen), o único ator da série toda que chama mais a atenção por estar sempre neutro, Elizabeth Reaser (Esme Cullen), absolutamente todos gostariam de ter uma mãe como essa, e aí vem os filhos, e, como de costume, os problemas: Ashley Greene (Alice Cullen) consegue deixar uma das poucas personagens divertidas da série, chata (e ela dá uma deslizada apenas nesse filme), Jackson Rathbone (Jasper Cullen) compete com Bella para ver quem é o mais apático e chega no subsolo do poço quando a personagem recorda seu passado, Nikki Reed e Kellan Lutz são, respectivamente Rosalie Hale e Emmett Cullen, o casal era para ser o mais sexy e belo do mundo, não chegam nem perto disso, Billy Burke (Charlie Swan) é simpático, mas não atua tão bem quanto o esperado. A tribo Quileute (tribo onde Jacob vive) é composta pelo líder do bando, Chaske Spencer (Sam Uley), pela noiva de Sam Tinsel Korey (Emily Young), pelo melhor amigo de Jacob Tyson Houseman (Quil Ateara), o membron instável do bando, Alez Meraz (Paul), e pelos irmãos Clearwater, Julia Jones (Leah) e Booboo Stewart (Seth), aqui todos são muito simpáticos e gentis uns com os outros, mas a irmandade deles é algo sem nexo e a história do tal imprinting  faz com que eles se tornem seres ridículos. Outros vampiros: Bryce Dallas Howard (Victória), jamais veremos um ser vingativo com as mesmas feições idiotas que as dela, Xavier Samuel (Riley Biers) um garoto que foi transformado por Victória, outra decepção, mas que em um pequeno momento ou outro parece que vai se revelar um ator satisfatório e Jodelle Ferland (Bree Tanner) a vampira que transformou Jasper, adivinhem, outra decepção completa. Por fim, mas não menos importante, Os Volturi: Dakota Fanning (Jane) a causadora de dor e representante dos mais poderosos, jamais, em toda minha vida, vou entender porque Fanning está tão medíocre na personagem, Cameron Bright (Alec) o irmão gêmeo de Jane, Charlie Bewley (Demetri), o vampiro que encontra outros seres e Daniel Cudmore (Felix) violento, forte e revoltado.


Após dois filmes decepcionantes da série, esperamos assistir a algo catastrófico nessa sequência, mas o que vemos aqui é menos que isso – o fim do mundo realmente chegaria apenas em 2012 com o último longa – “Eclipse” acaba sendo apenas mais um filme sem nexo, chato mesmo, daqueles que vale a pena assistir uma só vez, por um simples motivo, tanto o segundo quanto o terceiro filmes da série são apenas uma longa e árdua ponte entre o começo da história de amor entre Bella e Edward e o seu desfecho épico. E realmente, essa série é épica, até porque, nem tudo o que é épico precisa ser maravilhoso ou fantástico, afinal, até mesmo os filmes de Ed Wood tornaram-se épicos.


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