sábado, 19 de janeiro de 2013

125. TERAPIA DO AMOR, de Ben Younger


Nenhuma novidade, é um filme simpático com boa atuações.
Nota: 7,5


Título Original: Prime
Direção e Roteiro: Ben Younger
Elenco: Uma Thurman, Meryl Streep, Bryan Greenberg, Jon Abrahams, Adriana Biase, David Younger, Palmer Brown, Zak Orth, Annie Parisse
Produção: Jennifer Todd, Suzanne Todd
Ano: 2005
Duração: 105 min.
Gênero: Romance / Comédia

Rafi é uma bela mulher de 37 anos que vive em Nova York e não está aberta a nenhum relacionamento no momento, isso, até conhecer David, um jovem pintor de 23 anos por quem ela se apaixona. Apesar da diferença de idade e da imaturidade dele comparada ao excesso de maturidade dela, os dois convivem em harmonia e estão felizes. Mas, como nem tudo são flores na vida, o destino lhes prega uma das boas: David é filho de Lisa, a psicanalista de Rafi.


Ben Younger não havia dirigido nada de qualidade até encarar esse projeto, não que “Terapia do Amor” seja um grande filme, de fato, não é, mas é simpático e tem o trunfo de conseguir tirar um grande proveito da atuação de Uma Thurman (como Rafi), o talento para comédia do jovem Bryan Greenberg (David) e a genialidade de uma das maiores atrizes vivas do cinema: Lisa é interpretada por ninguém mais, ninguém menos que Meryl Streep. Mesmo que o trabalho de Younger na direção seja fraco, entretanto, seu trabalho como roteirista é bem satisfatório, pois ele nos oferece uma história divertida sobre erros da vida que podem acontecer com qualquer um. Para começar, temos o velho e bom debate sobre o relacionamento entre homens mais jovens e mulheres mais velhas, uma grande jogada para qualquer filme Hollywoodiano, que pode ser tratado de forma dramática, em alguns casos, de forma cômica, em outros casos, e das duas formas, como acontece aqui, pois nos é mostrado o lado bom e o lado ruim dessa convivência. Além disso, o fato de tudo mudar entre Rafi e David depois que ela descobre que ele é o filho de sua psicanalista, é claro que Lisa já sabia tudo sobre o relacionamento dos dois (inclusive aquilo que não deveria saber).


Uma Thurman nunca foi uma grande atriz em minha opinião, nem mesmo com a franquia de Quentin Tarantino – “Kill Bill” (2003/2004) -, todavia, como Rafi acaba nos passando a imagem de uma mulher simples que se vê em meio a uma confusão, não somente de seus pensamentos e desejos, mas uma mulher que precisa enfrentar a confusão de uma família que ela mal conhece, acrescente a isso, Thurman surpreende ao levar de forma simples e real o drama de se relacionar com um homem 15 anos mais novo. Bryan Geendberg, da recente série americana “Como Vencer na América” (2010 – 2011), estava em seu segundo filme para cinema, apesar disso, interpretou David com uma naturalidade inimaginável para um ator tão inexperiente, chegando a ser insuportável em seus momentos infantis e digno de pena nos momentos em que vê a beleza de seu mundinho bonito ao lado de Rafi despencar, não só pela descoberta de que sua mãe é a psicanalista da mulher que ama, mas por que nenhum dos dois consegue mais sustentar o relacionamento. O forte de Meryl Streep, todos sabem, jamais foi a comédia, ou melhor, esse não é seu gênero habitual no cinema, entretanto, convenhamos, não há papel que a primeira dama do cinema não consiga interpretar, aqui ela parece ter umas ou outras manias estranhas em cena, mas que acabam se tornando características da construção da personalidade de Lisa, Streep está, também, engraçada e, como Thurman e Greenberg, muito natural.


Comédias que tratam de assuntos ridículos, ou que são ridicularizados por esse gênero – como ingressar na universidade, a convivência no ensino médio, relações entre adultos que pensam ser adolescentes depois de velhos e relações entre colegas de trabalho que cometem atrocidades uns com os outros para divertir o espectador – são encontradas com facilidade no cinema há muito tempo, todavia, produções do mesmo gênero “comédia” também podem ser ao menos um pouco inteligentes e nos trazerem um pouco de graça para situações improváveis, mas reais, de nosso dia-a-dia. Apesar de fazer isso, “Terapia do Amor” se perde em sua simplicidade e acaba sendo um bom filme, com interpretações agradáveis e um roteiro muito bom, mas apenas, um filme simpático, nada além disso.


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