sábado, 26 de janeiro de 2013

122. DRAGÃO VERMELHO, de Brett Ratner

O melhor enredo dos filmes sobre Hannibal Lecter, com o melhor elenco de todos, mas, nem por isso, o melhor filme.
Nota: 9,0


Título Original: Red Dragon
Direção: Brett Ratner
Elenco: Edward Norton, Anthony Hopikins, Ralph Fiennes, Emily Watson, Mary-Louise Parker, Philip Seymour Hoffman, Harvey Keitel, Althony Heald
Produção: Dino de Laurentiis e Martha de Laurenthiis
Roteiro: Ted Telly e Thomas Harris (romance)
Ano: 2002
Duração:
Gênero: Drama / Thriller

Aviso: antes de ler qualquer comentário sobre esse filme, acho bom esclarecer as ordens em que os longas sobre Hannibal Lecter foram lançados e a ordem cronológica:
Em ordem de lançamento: “O Silêncio dos Inocentes” (1991), “Hannibal” (2001), “Dragão Vermelho” (2004) e “Hannibal – A Origem do Mal” (2007).
Em ordem cronológica: “Hannibal – A Origem do Mal”, “Dragão Vermelho”, “O Silêncio dos Inocentes” e “Hannibal”.
A ordem respeitada no blog será a cronológica.


Hannibal Lecter assassina o flautista de uma orquestra e o serve em um jantar para os diretores da mesma, o motivo: o músico era péssimo. Por esse e outros assassinatos, na mesma noite, o agente Will Graham, que estava tendo ajuda de Lecter no caso, consegue prendê-lo. Oito anos após a prisão, Graham está aposentado por mérito e Hannibal permanece em um sanatório de segurança máxima. Entretanto, outro assassino já matou duas famílias, para facilitar as coisas, Jack Crawford, ex-chefe de Graham, o chama para ajudar a desvendar o caso. O fato é que, será impossível fazê-lo sem uma ajudinha básica de Hannibal, o Canibal.


A história na qual se baseia esse filme foi escrita por Thomas Harris, e, cronologicamente, esse seria o segundo filme dos quatro sobre a vida e os crimes envolvendo Hannibal Lecter. Antes desse temos “Hannibal – A Origem do Mal” (2007), depois, ainda cronologicamente, “O Silêncio dos Inocentes” (1991) e “Hannibal” (2001). Por esse filme ter sido rotado após os de 1991 e 2001, obviamente, vemos algumas referências aqui ou outras ali do que foi dito ou do que ocorreria nos próximos filmes, mas mais que isso, entendemos um pouco mais algumas coisas a respeito da vida de Hannibal. A primeira cena do filme não é nada menos que memorável para os adoradores da “série”, durante as conversas entre Graham e Hannibal, podemos analisar o quanto o personagem de Hopkins é frio, sem sentimentos ou reações ao que acontece a sua volta, além disso, é um maluco notório, mas um maluco racional que conhece muito da vida e tem muito para passar para o jovem homem que está investigando o caso. Curiosamente, ainda vale a pena falar sobre o novo assassino do filme, Francis Dolarhyde tem problemas, o que verificamos logo em sua primeira aparição, por seu passado triste e doloroso, ainda por cima, sente que essa imagem desse tal “Dragão Vermelho” o domina, obrigando-o a fazer todas as suas vontades.


Anthony Hopkins já estava bem familiarizado com Lecter em seu último filme na série, apesar de essa ser a primeira história cronológica com o ator como protagonista. Bem como disse nas críticas da franquia “Piratas do Caribe”, Hopkins, assim como Johnny Depp, prova o quanto é um ator completo e maravilhoso: ele pode passar quanto tempo for longe de Lecter, pode filmar várias outras coisas e, mesmo com esse vai e vem da história, permanece o mesmo Hannibal frio e realista, mas também um homem utópico com suas manias estranhas e seus desejos mais estranhos ainda. Edward Norton, o melhor ator americano de sua geração, é o agente Will Graham, um homem destemido e apaixonado pelo que faz, mas, ao mesmo tempo, tão racional e realista quanto Hannibal, suas feições em frente aos colegas de quem não se importa muito com o que está acontecendo são contrastadas pelas feições de quando está preocupado ou com medo. As cenas protagonizadas por Norton e Hopkins são as melhores de todos os filmes e a química entre eles parece bem melhor do que a que acontece entre Hopkins e as atrizes dos outros dois filmes. Ralph Fiennes é o assassino da vez, Francis Dolarhyde, sendo o ator, ao lado de Daniel Day Lewis, o melhor ator inglês de sua geração, é de se esperar que a personagem seja construída de forma perfeita, e é bem isso que o ator consegue: em todos os momentos, suas reações, os olhos arregalados e nenhuma expressão nos mostram o quanto ele tem medo daquilo que se tornou e mais, nos mostram como ele está tomado pelo ódio e pelo poder do Dragão Vermelho. Além deles, as ótimas Emily Watson e Maty-Louise Parker e os excelentes Philip Seymour Hoffman, Anthony Heald e Harvey Keitel integram o elenco como, Reba McClane (única paixão de Francis), Molly Graham (esposa de Will), Freddy Loudns (um jornalista intrometido), Dr. Frederick Chilton (o dono do sanatório onde Hannibal está internado) e Jack Crowford (chefe de Will no FBI), respectivamente.


Percebemos, como disse, o quanto Francis é louco por seu passado – inclusive, não podemos esquecer que Hannibal também é um homem louco que inventa, em alguns momentos seu próprio mundo -, todavia, apesar de ter escrito um diário onde conta tudo o que aconteceu em sua vida, não temos certeza se tudo aquilo é verdade ou não, digo, não sei como isso é apresentado no livro de Thomas Harris, mas aqui temos apenas uma certeza: Francis é louco, logo, tudo pode ter ficado em seu imaginário desde quando era criança. Em contra ponto, durante o filme nos é apresentada a forma como o menino foi tratado pela avó, uma mulher que não parecia muito feliz e interessada em cuidar dele, o que aconteceu com seus pais para ele ficar com a avó – que também parecia ter problemas psicológicos – também não sabemos. Como de praxe, portanto, esse é mais um filme relacionado a Hannibal Lecter sobre o qual não entendemos muitas coisas, mas é o melhor enredo de todos e o que reúne o melhor elenco entre os quatro longas sobre o canibal.

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