domingo, 2 de dezembro de 2012

165. 007 O ESPIÃO QUE ME AMAVA, de Lewis Gilbert

Apesar de previsível, não perde quase nada da qualidade desejada pelos fãs.
Nota: 9,0


Título Original: The Spy Who Loved Me
Direção: Lewis Gilbert
Elenco: Roger Morre, Barbara Bach, Curd Jürgens, Richard Kiel, Caroline Muntro, Walter Gotell, Geoffrey Keen, Bernard Lee, George Baker, Lois Maxwell
Produção: Albert R. Broccoli e William P. Cartlidge
Roteiro: Christopher Wood, Richard Maibaum e Ian Fleming (romance)
Ano: 1977
Duração: 125 min.
Gênero: Ação / Crime
+Música Tema: Nobody Does It Beter”, composição de Marvin Hamlisch, Richard Hewson e Carole Bayer Sager e interpretação de Carly Simon.

James Bond é orientado para ir até o Egito para investigar um estranho caso: alguém sabe como rastrear um submarino submerso e está colocando essa tecnologia à venda para quem pagar melhor. Para piorar a situação, tal tecnologia foi utilizada contra a Inglaterra e contra a União Soviética (atual Rússia), dessa forma, o agente 007 terá de trabalhar ao lado da agente XXX, Major Anya Amasova. No entanto, apesar da grande força que essa dupla representa e das famas que os acompanham, todos descobrirão que esse novo vilão não é tão fácil de ser derrotado, e será preciso muito mais que apenas duas pessoas para derrotá-lo e re-estabelecer a paz e a segurança da Europa.
Lewis Gilbert, do também filme da franquia “Com 007 Só se Vive Duas Vezes” (1967) e da comédia “Como Conquistar as Mulheres” (1966), já foi indicado ao Oscar, ao BAFTA, ao Sindicato dos Diretores, ao Globo de Ouro e nos Festivais de Bruxelas, Cannes e Moscou, aqui ele volta para sua segunda e última vez na Saga do agente 007. Nesse filme, ele permanece como em sua direção anterior para a série: ótimo, realizando um dos melhores longas do agente. Apesar de Richard Maibaum permanecer como roteirista (só para lembrar, ele foi responsável por 13 filmes da franquia), Tom Mankiewicz – de “007 Os Diamantes São Eternos” (1971), “Com 007 Viva e Deixa Morrer” (1973) e “007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro” (1974), filmes que estão no topo da lista dos melhores do agente – nos deixa e é substituído por Christopher Wood, que ainda participou de “007 Contra o Foguete da Morte” (1979), o que os dois roteiristas nos trazem é uma história rica e cheia de detalhes. Apesar das viagens feitas por eles em alguns momentos, não é isso que deve ganhar relevância na série (até por que há filmes que fazem viagens bem mais irreais e preferimos fingir que tudo é possível), afinal, James Bond é como qualquer herói de quadrinho, mas uma tanto mais real e “palpável” (se é que as mulheres me entendem). Marvin Hamlisché o compositor que chega na série com todo o fôlego, nos apresentando ótimas músicas, especialmente as que embalam as épicas aberturas de cada filme, além disso, suas escolhas para as músicas eruditas do filme são excelentes.


Roger Moore volta na pele do agente James Bond, e, como mostrou em todos os outros filmes, faz por merecer estar no lugar de Sean Connery (que, aliás, não esquecerei de dizer que é o único 007 absolutamente perfeito até os dias de hoje),pois se for para escolher um que possa ser tão bom quanto ele, apontaria Moore, por simples motivos: ele é vivo, espontâneo, engraçado e sexy, apesar de ter 50 anos na época o ator continua parecendo mais jovem, ao menos o suficiente para tornar seu 007 um homem pelo qual as mulheres se apaixonam exatamente por não ser um garoto novinho e sem experiência. A atriz ao lado de Moore é Barbara Bach, a Bond Girl Anya Amasova, dessa vez ela prova que Bond Girls podem ser ótimas atrizes (na maioria, até esse filme, elas eram excelentes), mostra que as personagens podem ser tão fortes e espertas quanto o homens que as cercam no filme. O vilão da vez, Karl Stomberg, é interpretado por Curd Jürgens, mais uma vez, parece que os inimigos de James Bond estão tomando um jeito bem mais interessante e, confesso, é um alívio a Spectre estar dando ao menos um tempo em suas tramóias para que vilões mais interessantes ganhem espaço. Por fim, o engraçadíssimo Richard Kiel vive Jaws, um coitado que tem dentes de metal e faz todos os trabalhos sujos para Stormberg, no final das contas, o ator faz com que simpatizemos com a personagem.
Daqui para frente começamos a ter esperanças de que todos os filmes do agente 007 sejam tão bons e eletrizantes quanto esse, e mais, que não percam a sensualidade exposta por Moore e Bach, afinal, sensuais todos os interpretes de Bond conseguem ser e uma Bond Girl, sem ser minimamente sexy, é apenas figuração para o filme. Enfim, o que vemos aqui é aquilo que estamos esperando, talvez esse seja o maior problema: esperamos por um filme muito bem feito, e temos um filme de qualidade inquestionável, mas, durante a trama acabamos adivinhando cada passo ou cada sequência que está por vir. Todavia, apesar de pecar no sentido de ser um tanto previsível, não é apenas isso que fará desse filme algo menos que ótimo.


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