segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

163. 007 SOMENTE PARA SEUS OLHOS, de John Glen

Já vale a pena somente pelas atuações, mas vai muito além disso.
Nota: 8,7


Título Original: For Your Eyes Only
Direção: John Glen
Elenco: Roger Moore, Carole Bouquet, Topol, Lynn-Holly Johnson, Julian Glover, Cassandra Harris, Jill Bennet, Michael Gothard, Lois Maxwell, Desmond Llewelyn
Produção: Albert R. Broccoli
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson e Ian Fleming (romance)
Ano: 1981
Duração: 127 min.
Gênero: Ação / Crime
+ Música Tema: “For Your Eyes Only”, composição de Bill Conti e Michael Leeson e interpretação de Sheena Easton.

Após uma cena nostálgica prá lá de desnecessária, vemos o assassinato de um agente do Serviço Secreto Britânico que estava disfarçado de geólogo, dentre as vítimas, a única que sobrevive é a filha do agente, Melina. James Bond é então designado a descobrir o que está acontecendo por trás desse assassinato, quem são os mandantes do crime e recuperar o sistema ATAC, cobiçado por outras potências mundiais que desejam controlar os submarinos no mundo todo. Bond, por sua vez, encontra, na Grécia, aliados que ele pensa serem inimigos, e inimigos que ele pensa serem aliados, resta, com a ajuda de Melina, o agente 007 descobrir em quem pode confiar e terminar mais uma missão.
John Glen foi um dos diretores que mais durou em toda a franquia: “007 – Somente Para seus Olhos” (1981), “007 Contra Octopussy”, (1983), “007 Na Mira dos Assassinos” (1985), “007 Marcado Para a Morte” (1987) e “007 Permissão Para Matar”; além disso, trabalhou como editor em outros três filmes da série: “007 A Serviço Secreto de sua Majestade” (1969), “007 O Espião que me Amava” (1977) e “007 Contra o Foguete da Morte” (1979). Tendo em vista tais projetos, e, lembrando que essas são apenas suas contribuições para a Saga de James Bond, é inegável: Glen participou inteiramente dos avanços tecnológicos que transformaram o cinema entre as décadas de 1970 e 1980. E é exatamente isso que vemos nesse filme, “Somente Para Seus Olhos” é um dos filmes mais interessantes de Bond, justamente, por que, aqui a ação é certa e praticamente eterna. E é nessa ação que tudo dá certo: o roteiro de Richard Maibaum (de 13 filmes do agente) e de Michael G. Wilson (que trabalhou com Glen nos demais quatro filmes da franquia) funciona super bem, a trilha sonora de John Barry está cada vez mais eletrizante e divertida ao mesmo tempo (até aquela repetição do tema do 007 deixou de existir) e mesmo os locais onde são filmados a trama (desde as estações de Ski na neve, até as belas praias da Grécia). A trilha sonora é composta por Bill Conti.

DA ESQUERDA PARA A DIREITA OS INTÉRPRETES DO AGENTE JAMES BOND:
PIERCE BROSNAN (1995-2002), TIMOTHY DALTON (1987-1989), ROGER MOORE (1973-1985),
GEORGE LAZEMBY (1969), SEAN CONNERY (1962-1967 e 1971) E DANIEL CRAIG (2006-presente).

Roger Moore continua interpretando o agente James Bond, e cada vez acaba nos fazendo esquecermos de Sean Connery (que encarou o agente em cinco dos primeiros seis filmes de Bond), dessa forma, Moore permanece exatamente como esperamos que ele seja: divertido com as piadas extremamente propícias e bem localizadas na trama, sério quando se trata de resolver sua missão e acabar com aqueles que estão causando transtornos para a Inglaterra, e sensual (apesar dos mais de 50 anos do ator) quando o assunto são mulheres. Ao seu lado estão as belas Carole Bouquet, a Melina, uma jovem que deseja a vingança pela morte do pai, e não medirá esforços para que sua luta seja vencida; e Lynn-Holly Johnson, a infantil Bibi, apesar da beleza, nenhuma das atrizes é tão boa quanto todas as outras Bond Girls se mostraram até aqui. Para completar o time estão os ótimos atores Topol, o suspeito de ser o mandante do assassinato do pai de Melina; e Julian Glover, o homem que, a princípio, ajuda Bond a encontrar as pistas que o levem até o sistema ATAC, Kristatos, curiosamente, ao contrário da maior parte dos atores que fizeram os filmes anteriores de Bond, Glover continua atuando, recentemente na série “Game os Thrones” (2011-2012) e tem três filmes para serem lançados.
O trunfo de “Somente Para Seus Olhos”, acaba sendo mesmo os efeitos exigidos pelo contexto em que a trama se encontra, ou seja, o melhor fica a cargo da ação e dos momentos de luta e fugas. Mas também, não posso deixar de ressaltar o quanto todos os atores do longa contribuem para que a trama seja mais interessante. Dessa forma, volto a dizer: o nível da série é cada vez mais elevado, o que poderá ser verificado na sequência, um dos melhores da franquia toda.


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