quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

152. (ESPECIAL OSCAR 2013) 007 – OPERAÇÃO SKYFALL, de Sam Mendes

Se formos presenteados com produções tão fantásticas quanto essa, que venham mais 22 filmes, que venham mais 50 anos, que venham mais James Bonds.
Nota: 9,6


Título Original: Skyfall
Direção: Sam Mendes
Elenco: Daniel Craig, Judi Dench, Javier Bardem, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Bérénice MarloheAlbert Finney, Ben Whishaw, Rory Kinner, Ola Rapace, Helen McCrory
Produção: Barbara Broccoli, Michael G. Wilson
Roteiro: John Logan, Neal Purvis, Robert Wade e Ian Fleming
Ano: 2012
Duração: 148 min.
Gênero: Ação / Thriller / Aventura

O agente 007 é dado como morto em uma missão, sua pretensão é a mais óbvia: sumir sem deixar rastros e viver seus dias em algum lugar paradisíaco. Todavia, ataques misteriosos colocam a vida de todos os seus colegas em risco, dessa forma, Bond se sente pressionado  a voltar e fazer seu papel de forma rápida e eficiente. O problema é que quem está por trás de tudo é um ex-agente do comando MI6, disposto a tudo pelo enrugado pescoço de ninguém mais, ninguém menos que a enigmática M.
Sam Mendes é, sem dúvida, um dos diretores mais surpreendentes e geniais em atividade. Apesar de possuir apenas seis títulos no cinema, desde seu primeiro filme, Beleza Americana (1999), até aqui, nenhum deles decepciona. Comentar seu estupendo trabalho nessa crítica talvez seja o mais difícil de ser realizado hoje, pois bem, vamos por partes. A abertura é, sem mais delongas, perfeita, além de imagens que fazem referências a vários outros filmes do agente, somos presenteados com a interpretação de Adele na música “Skyfall”, que, por sua letra já indica despedidas emocionantes. O restante da trilha sonora é composta por Thomas Newman, autor de dezena de trilhas conhecidas e apreciadas pela crítica e pelo público, dentre elas, acredito que se destaque “Procurando Nemo” (2003), para “007”, ele nos apresenta um trabalho magnífico e quase impecável, trazendo diversas referências ao conhecido tema do agente e aos demais filmes da franquia. Além disso, é impossível deixar de citar a beleza da fotografia do filme, os figurinos exuberantes e a maquiagem impecável responsável pela caracterização, sobretudo, de Javier Bardem. Dessa forma, digam o que quiserem de Craig (que subiu muito no meu conceito), digam o que quiserem de Adele cantando no filme (para mim, a melhor aquisição de Mendes), digam o que quiserem a respeito das indiretas homossexuais (que não foram nada absurdas), e digam o que quiserem sobre as mortes do filme (a única coisa que não gostei, mas ainda tenho minhas dúvidas quanto suas veracidades), o fato é que, 007 só tem a melhorar, e está melhorando a cada filme.


Com esse longa, confirmo: o problema de Daniel Craig é, justamente, o diretor com quem ele trabalha. O ator demonstra, como o fez em “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” (2011, dirigido pelo mestre David Fincher) e contra todas as expectativas, que pode ser um excelente intérprete na pele de James Bond, apesar das feições ora engraçadas, ora grotescas, Craig se torna um 007 quase perfeito, sendo firme, decidido e emocionante quando necessário; nesse contexto, verificamos o crescimento tanto de Craig, quanto o amadurecimento de James Bond, e junto disso, obviamente, somos expostos a dezenas de dúvidas e problemas relacionado a idade. Javier Bardem, assim como Adele, é um presente de valor inestimável oferecido pela trama, sarcástico, imprudente e desinteressado nas consequências de seus atos, é um vilão que lembra muito o Coringa de Heath Ledger, o que significa um elogio pra lá de bem vindo, sem perder sua originalidade. Não posso deixar de comentar a tão falada cena em que Barden insinua uma atividade homossexual com Craig alegando que tudo tem uma primeira vez na vida, ao passo que este responde: “O que o faz pensar que essa é minha primeira vez?”, a ambiguidade da fala de Craig (primeira vez no sexo homo ou como agente em missão), gerou um dos maiores comentários do ano, especialmente ente os conservadores. Ralph Fiennes é uma agradável surpresa no elenco, como uma personagem que parece ser meio definitiva, ele é o chefe de Segurança Internacional da Inglaterra, e é ele que tem de lidar com os problemas advindos dos assassinatos e atentados causados pelo vilão, para mim, a personagem é muito mais do que parece, fica a dica. Apesar da excelência desses três atores e das belas “bondgirls” da vez (Naomie Harris e Bérénice Malohe), é a matriarca que realmente interessa nessa sequência. Judi Dench é a insuperável M, que sofre ao saber dos planos do antigo agente, mas que permanece fria e convicta quando ordena que a arma seja disparada mesmo que a vida de Bond esteja em jogo, sendo assim, mesmo que a atuação de Bardem se sobre saia a dezenas de outras personagens coadjuvantes do ano, é inegável: Dench jamais será superada enquanto M viver.
Após 22 filmes, seis diferentes James Bond (e põe diferentes nisso), mais de uma dezena de diretores e inúmeros roteiristas, finalmente as aventuras do agente 007 completam 50 anos, e como era de se esperar, em grande estilo temos uma das produções mais bem realizadas da história. Pode até ser que Craig não seja o melhor James Bond entre todos, mas sem dúvida, a genialidade de Sam Mendes torna o filme uma obra quase impecável. A missão de Bond, portanto, fica bem além de divertir, o propósito de todo o filme – e isso inclui cada personagem e cada cena- é, justamente, o de indagar ao espectador o quanto podemos nos sentir seguros, afinal, até mesmo grandes personagens de nossa história atual – aqui representados por M, que, aliás, não é humanizada em momento algum como algumas pessoas vem apontando – correm perigo o tempo todo. Portanto, o quanto você está protegido? E o que você acha que deve ser feito para que essa situação seja melhorada? Enquanto pensa em tudo o que esse filme nos faz refletir, corre até a locadora mais próxima – e bem equipada- e divirta-se, e pense com James Bond e seus 22 filmes, até que uma próxima produção seja lançada, afinal, somos lembrados no final do filme que esse não é o fim, afinal, “James Bond will be back”.

A SEGUIR, PARA FECHAR O ESPECIAL "50 ANOS DE JAMES BOND NO CINEMA" A RELAÇÃO DOS FILMES E DOS ATORES QUE INTERPRETARAM O AGENTE 007:













COMO ÚLTIMA HOMENAGEM, O PRIMEIRO JAMES BOND DA HISTÓRIA (SEAN CONNERY) AO LADO DO CRIADOR DO PERSONAGEM (IAN FLEMING):


ESPECIAL TEMPORADA DE PREMIAÇÕES 2013
INDICADOS AO GLOBO DE OURO


Melhor Filme (Drama)
Argo
Lincoln

A Hora Mais Escura

Django Livre

As Aventuras de Pi


Melhor Filme (Comédia/Musical)

Os Miseráveis

O Exótico Hotel Marigold

Moonrise Kingdom

O Lado Bom da Vida

Amor Impossível


Melhor Diretor

Ben Affleck (Argo)

Kathryn Bigelow (A Hora Mais Escura)

Steven Spielberg (Lincoln)

Quentin Tarantino (Django Livre)

Ang Lee (As Aventuras de Pi)


Melhor Ator (Drama)

Daniel Day-Lewis (Lincoln)

Joaquin Phoenix (O Mestre)

Denzel Washington (O Voo)

Richard Gere (A Negociação)

John Hawkes (As Sessões)


Melhor Ator (Comédia/Musical)
Bradley Cooper (O Lado Bom da Vida)
Bill Murray(Um Fim de Semana em Hyde Park)
Hugh Jackman (Os Miseráveis)
Jack Black(Bernie)
Ewan McGregor (Amor Impossível)
Melhor Atriz (Drama)
Marion Cotillard (Ferrugem e Osso)
Jessica Chastain (A Hora Mais Escura)
Helen Mirren (Hitchcock)
Naomi Watts (O Impossível)
Rachel Weisz (The Deep Blue Sea)


Melhor Atriz (Comédia/Musical)

Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida)

Judi Dench (O Exótico Hotel Marigold)

Maggie Smith (Quartet)

Emile Blunt (Amor Impossível)

Meryl Streep (Um Divã Para Dois)


Melhor Ator Coadjuvante

Robert De Niro (O Lado Bom da Vida)

Christoph Waltz (Django Livre)

Tommy Lee Jones (Lincoln)

Leonardo DiCaprio (Django Livre)

Alan Arkin (Argo)



Melhor Atriz Coadjuvante

Anne Hathaway (Os Miseráveis)
Amy Adams (O Mestre)
Sally Field (Lincoln)
Helen Hunt (As Sessões)
Nicole Kidman (The Paperboy)


Melhor Roteiro

Argo

Django Livre

A Hora Mais Escura

O Lado Bom da Vida

Lincoln



Melhor Filme em Língua Estrangeira

Intocavéis (França)
Amor (Áustria)
Ferrugem e Osso (França)
O Amante da Rainha (Dinamarca)
Kon-Tiki (Reino Unido, Dinamarca e Noruega)


Melhor Animação

Frankenweenie

Detona Ralph

Hotel Transilvânia

A Origem dos Guardiões

Valente


Melhor Trilha Sonora Original

Anna Karenina

Lincoln

As Aventuras de Pi

Argo

A Viagem


Melhor Canção Original

Skyfall (007 - Operação Skyfall)

Safe and Sound (Jogos Vorazes)

Suddenly (Os Miseráveis)

Not Running Anymore (Amigos Inseparáveis)

For You (Ato de Coragem) 


Prêmios para Televisão


Melhor Série (Comédia/Musical)

The Big Bang Theory

Episodes

Girls

Modern Family

Smash


Melhor Ator em Série (Comédia/Musical)

Alec Baldwin (30 Rock)

Don Cheadle (House of Lies)

Louis C.K. (Louis)

Matt LeBlanc (Episodes)J

Jim Parsons (The Big Bang Theory)

Melhor Atriz em Série (Musical/Comédia)

Zooey Deschanel (New Girl)

Julia-Louis Dreyfus (Veep)

Lena Dunham (Girls)

Tina Fey (30 Rock)

Amy Poehler (Parks & Rec)

Melhor Série (Drama)

Breaking Bad

Boardwalk 

EmpireDownton 

AbbeyHomeland

The Newsroom

Melhor Ator em Série (Drama)

Steve Buscemi (Boardwalk Empire)

Bryan Cranston (Breaking Bad)

Jeff Daniels (The Newsroom)

Jon Hamm (Mad Men)

Daniel Lewis (Homeland)


Melhor Atriz em Série (Drama)

Connie Britton (Nashville)

Glenn Close (Damages)

Claire Danes (Homeland)

Julianne Margalies (The Good Wif)
Michelle Dockery (Downton Abbey)


Melhor Minissérie ou Filme para Televisão

Game Change

The Girl

Hatfields

The Hour

Political Animals

Melhor Ator em Minisséries

Kevin Costner (Hatfields & McCoys)

Benedict Cumberbatch (Sherlock)

Woody Harrelson (Game Change)

Toby Jones (The Girl)

Clive Owen (Hemingway & Gelhorn)



Melhor Atriz em Minisséries

Nicole Kidman (Hemingway & Gelhorn)
Jessica Lange (American Horror Story: Asylum)
Sienna Miller (The Girl)
Julianne Moore (Game Change)
Sigourney Weaver (Political Animals)


Melhor Ator Coadjuvante em Minisséries

Hayden Panettiere (Nashville)

Archie Panjabi (The Good Wife)

Sarah Paulson (American Horror Story)

Maggie Smith (Downton Abbey)

Sofia Vergara (Modern Family)


Melhor Atriz Coadjuvante em Minisséries

Max Greenfield (New Girl)

Ed Harris (Game Change)

Danny Huston (Magic City)

Mandy Patinkin (Homeland)

Eric Stonestreet (Modern Family)


DANIEL DAY LEWIS, no filme Lincoln, um dos mais indicados do ano.

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