domingo, 7 de outubro de 2012

186. QUANDO ME APAIXONO, de Helen Hunt


Pode não ser uma obra, mas é sutil, simples e real.
Nota: 8,0


Título Original: Then She Fuond Me
Direção: Helen Hunt
Elenco: Helen Hunt, Bette Midler, Colin Firth, Matthew Broderick, Bem Shenkman, Lynn Cohen, John Benjamin Hickey
Produção: Helen Hunt, Katie Roumel, Connie Tavel, Christine Vachon
Roteiro: Alice Arlen, Victor Levin, Helen Hunt e Elinor Lipman (romance)
Ano: 2007
Duração: 100 min.
Gênero: Comédia / Drama / Romance

April é uma professora de Ensino Infantil que está com sérios problemas em seu relacionamento com o marido. Simultâneo a isso sua, mãe adotiva morre e ela tem a inesperada visita de sua mãe biológica. Para piorar sua situação, ela se apaixona pelo pai de um de seus alunos. Como se não bastasse, April resolve que quer ter um filho e tenta conciliar todos seus problemas e resolvê-los da melhor forma possível.


Helen Hunt dirigiu pela primeira vez entre 1998 e 1999 na série de comédia indicada mais de 30 vezes ao Emmy, “Mad About You”, no cinema, seu único trabalho é esse, que por sinal é um presente agradável e com poucos erros no filme como um todo. Hoje, no cinema, existem dois gêneros de comédias que se ramificam para incontáveis tipos, são as comédias popularmente chamadas de “americanas adolescentes” e as reais comédias, àquelas que contam com grandes nomes do cinema e nos impressionam por mostrar a vida como ela é, sem grandes absurdos, mas com aquele senso de humor que poucas pessoas conseguem. Esse segundo tipo pode ser bem definido com exemplos de filmes de duas atrizes que são excepcionais em comédia: Diane Keaton e Helen Hunt. Confesso que seu desempenho como diretora e roteirista não é tão excelente quanto quando ela está atuando, mas, de qualquer forma, o filme possui certa sutileza e simplicidade que o eleva de um simples filme cômico para um dos melhores filmes do gênero do ano.


Helen Hunt, portanto, interpreta April, uma mulher com quase 40 anos que está com diversos dilemas na vida: continua casada com seu marido infantil? Assume que está apaixonada pelo pai de seu aluno? Aceita sua mãe biológica de braços abertos? Decide criar uma criança agora, ou esquecer a história de ter filhos? Qualquer outra atriz simplesmente não teria a capacidade que Hunt tem em tratar todo o enredo e a personagem como um ser humano normal, e é isso que faz de sua atuação algo primoroso e a coloca no todo das comédias, ao lado de Keaton. Quando o filme foi lançado, Colin Firth estava entrando, definitivamente, no cinema mostrando o quanto podia ser competente, o que o faz um dos melhores atores ingleses da atualidade é exatamente o que faz um ator ser realmente bom: sua naturalidade, e é aí que ele ganha no filme, ele não é nenhum figurão conquistador ou coisas do tipo, na realidade, é um fracassado que tenta superar seus problemas e criar dois filhos sozinho, e o único estímulo que falta para ele viver é uma mulher forte e madura ao seu lado. Bette Midler é outra comediante de mãos cheias, seu único defeito é ter feito poucos filmes durante sua carreira, enfim, a atriz dá vida a Berenice Graves, a mãe biológica de April, ao contrário de Hunt e Firth, a beleza de seu trabalho está longe de ser por sua simplicidade: a personagem é uma apresentadora de um programa de televisão que conta mentiras a torto e direito para todas as pessoas do mundo, é difícil saber quando a personagem está realmente querendo se redimir e quando ela apenas está jogando com a vida de todos.


A tradução do título do filme nos faz pensar que o filme trata apenas a respeito das paixões da personagem principal em relação ao ex-marido e ao atual namorado, entretanto, o título original deixa claro que o filme se centra na relação tempestuosa que surge entre April e sua mãe, afinal, enquanto uma tenta entender tudo o que está acontecendo e se acostumar com os segredos de sua vida, a outra tenta uma forçada aproximação com sua filha. “Quando Me Apaixono” não é um filme que agradará a todos, pois se trata de uma verdadeira comédia sobre a vida, escolhas e dificuldades, mas é um filme que merece ser visto exatamente por sua sinceridade e realidade.


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