domingo, 9 de setembro de 2012

191. UM DIVÃ PARA DOIS, de David Frankel


Meryl Streep e Tommy Lee Jones constroem o típico casal de meia idade em um filme original e prá lá de agradável.
Nota: 8,8


Título Original: Hope Springs
Direção: David Frankel
Elenco: Meryl Streep, Tommy Lee Jones, Steve Carell, Jean Smart, Bem Rappaport, Marin Ireland, Patch Darragh, Brett Rice
Produção: Todd Black, Guymon Cassady
Roteiro: Vanessa Taylor
Ano: 2012
Duração: 100 min.
Gênero: Comédia Romântica

Kay e Arnold acabam de completar 33 anos de casados, sim, definitivamente, isso é muito tempo, entretanto, o relacionamento dos dois vai de mal a pior há quase cinco anos. Enquanto Arnold trabalha em uma empresa, Kay cuida da casa e da loja que tem com uma amiga, os dois já não dormem mais juntos, não fazem sexo e nem as caricias do dia-a-dia eles trocam. Para tentar reverter essa situação, Kay resolve comprar sessões de terapia de casal com um famoso terapeuta.


Basta dizer que David Frankel dirigiu as séries “Sex And The City” (2001-2003) e “Entourage” (2004) e os filmes “O Diabo Veste Prada” (2006) e “Marley & Eu” (2008) para saber que o diretor tem alguma experiência em dirigir comédias. Provavelmente, sua aparente facilidade de fazer esse gênero, deva-se ao seu incrível timing para os enredos e a escolha dos intérpretes. Seu trabalho, portanto, é algo divertido e extremamente original, a diferença do que ele faz aqui é que, ao contrário de seus outros trabalhos, o filme é sobre duas pessoas acima dos 60 anos que desejam voltar a ter uma vida apaixonada e feliz. Como sempre aponto, quando escrevo sobre esse estilo de comédia romântica (onde os velhos são os protagonistas, e não meros coadjuvantes), o trunfo aqui é a exata experiência de vida que as personagens tem, digo, ao contrário das comédias sobre adolescentes, os protagonistas realmente sabem o que significa amor e conhecem bem as reais dificuldades da vida. A única coisa que tenho a dizer sobre a roteirista Vanessa Taylor é que ela é produtora da fantástica série “Game of Thrones” (2012) e que a trilha sonora de Theodore Shaphiro pode não ser nada genial, mas é bem divertida e ele acerta nas músicas para cada cena.


Que química e que agradável surpresa assistir a Meryl Streep e Tommy Lee Jones vivendo um casal do cinema, e que construção impressionante a desse casal. Tommy Lee Jones é, provavelmente, o ator mais carismático do Texas, aqui seu trabalho é feito com uma perfeição fantástica: ele é o retrato mais óbvio do homem de meia idade, sem dar muito valor a mulher incrível que tem, é um pouco grosso e aparenta ser extremamente amargo, entretanto, o único problema que o homem possui é o fato de ser totalmente incapaz de expressar seus sentimentos. Ao pé que anda a carreira de Streep, é dispensável apresentá-la, mas basta dizer que foi três vezes vencedora do Oscar (incluindo esse ano pela sua interpretação memorável em “A Dama de Ferro” [2012]), de 17 indicações, apesar de toda sua excelência, Meryl tornou-se popular mesmo entre todas as idades somente em “O Diabo Veste Prada” e, a partir daí, contra todos os credos da indústria cinematográfica, vem vivenciando o auge de sua carreira, com 63 anos, a atriz vive a protagonista desse filme, e nos faz lembrar duas coisas: uma, mesmo os mais velhos amam e querem ser amados, a outra, sendo Meryl, ela será sempre perfeita e não há papel que a possa intimidar, afinal, que outra atriz com mais de 50 anos poderia fazer sexo no cinema sem ser ridícula, pra não falar na cena da banana, na qual a triz diz simplesmente tudo apenas com um olhar pervertido? Além disso, após a editora de uma revista de moda, a poderosa chefe da CIA, uma jornalista, a dona de um hotel na Grécia, uma freira, uma cozinheira e ninguém mais, ninguém menos que a poderosa primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, é maravilhoso ver Meryl vivendo uma simples e comum dona de casa.


Ao contrário do que vemos ano após ano, essa a experiência vivenciada pelo casal no filme não será apenas uma semana repleta de risadas para o público, e sim a prova de que qualquer ser humano é capaz de amar e merece ser amado, independente de cor, sexo ou idade. Em uma das cenas mais tocantes que lembro ter assistido nos últimos anos, ao menos no quesito casal de comédia romântica, após anos sem dormir juntos, os protagonistas fazem uma tentativa, o resultado: acordam abraçados, e Streep, como somente ela poderia fazer, sorri e provoca soluços e incontáveis “ownts” nas salas de cinema, masi uamvez, ela toma conta do filme apenas com seu olhar mais sincero. Simplesmente único.


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Um comentário:

  1. ahh, achei esse filme um amor! *-*
    além de super engraçado. xD
    e tem a Meryl, né! UAHSUASHUH
    bom, vou continuar procurando filmes que eu conheço aqui na sua lista. :DD
    beijãao, Rafa!

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