domingo, 27 de maio de 2012

295. SIMPLESMENTE COMPLICADO, de Nancy Meyers

Meryl Streep sendo disputada por Alec Baldwin e Steve Martin em uma comédia nada clichê? Bette Davis, sem dúvida alguma, revirou-se bastante em seu túmulo.
Nota: 8,3


Título Original: It’s Complicated
Direção e Roteiro: Nancymeyers
Elenco: Meryl Streep, Alec Baldwin, Steve Martin, John Krasinski, Lake Bell, Hunter Parrish, Rita Wilson, Mary Kay Place, Alexandra Wentworth, Zoe Kazan
Produção: Nancy Meyers e Scott Rudin
Ano: 2009
Duração:
Gênero: Comédia

Jane e Jake são separados há dez anos, ao mesmo tempo em que Jane faz planos para reformar sua casa e conhece o arquiteto Adam, ela vai à formatura do filho e revê o marido, em meio a muitas bebidas, comida e dança, o ex-casal Adler dorme junto e começa a ter um caso extra-conjugal (Jake está casado com sua antiga amante, o pivô da separação dele e de Jane). Jane se vê, então, entre Jake e Adam, dois homens completamente diferentes que mexem com seus sentimentos.



Meyers não era nenhuma principiante quando dirigiu esse filme, antes dele vieram: “Operação Cupido” (1998), uma comédia bem chata de sessão da tarde, destinada a crianças; “Do que as Mulheres Gostam” (2000), romance de tela quente destinado a adultos com Helen Hunt e Mel Gibson; “Álguem Tem Que Ceder” (2003), finalmente um filme feito para cinema para o público adulto e de meia idade se divertir e ter esperanças amorosas, no elenco as feras Diane Keaton e Jake Nicholson; “O Amor Não Tira Férias” (2006), comédia romântica popular que conquistou o público adulto e jovem, com um elenco bem conhecido, Kate Winslet, Cameron Diaz, Jude Law e Jack Black, uma comédia deliciosa. Sim, a diretora fez poucos filmes, mas todos são comédias românticas de qualidade que não se perdem em mostrar a garota inteligente apaixonada pelo capitão do time de rugby da escola que serão separados pela líder de torcida, mas acabarão juntos no final do filme. Muito pelo contrário, aqui os problemas são as próprias dúvidas e anseios dos protagonistas, problemas reais, nada de contos de fadas, em “Simplesmente Complicado” Jane não sabe o que ela realmente quer, Jake nunca foi capaz de se satisfazer com sua vida e Adam ainda não se recuperou de seu divórcio ocorrido há dois anos. Aqui tudo acaba bem, o que não significa que a princesa adormecida encontra seu príncipe, pelo simples motivo de que aqui eles não existem, são ser humanos reais tentando ter uma vida real, o que deixa o filme muito mais saboroso.



Steve Martin é um dos comediantes mais conceituados entre o público que gosta do gênero mais engraçado. Já alguns críticos e intelectuais vêem seu trabalho como algo um tanto exagerado, mas são todos unânimes: ele é engraçado. Como Adam ele é inesperado, digo isso porque não vemos esse Steve com piadas chatas, ele é um homem que está sofrendo, mas que quer seguir a vida e vê em Jane uma pessoa com quem dividir seus bons momentos. Alec Baldwin já teve seus momentos complicados, mas jamais decepcionou na série “30 Rock”, aqui ele é um Jack insuportavelmente pretensioso e que acha que pode ter tudo o que deseja, Baldwin parece dar o seu máximo em interpretar o tipo masculino machista e arrogante, e o faz com qualidade. Mas o que interessa no filme não são as interpretações de Martin ou Baldwin, e se você está pensando que direi que é a atuação de Meryl Streep está enganado. O que interessa é a química que esses dois atores tem com a protagonista, vivida por Streep. É claro que a dama do drama está fantástica nesse papel, é uma Jane bela, de bem com a vida, mas que está com seus sentimentos todos embolados sem saber para que lado ir. Essa química consiste em que em todos os momentos os olhares de Streep com Martin ou de Streep com Baldwin são sinceros e esse triângulo amoroso se torna algo surpreendente.



Vemos dezenas de filmes, até centenas deles, que são destinados ao público jovem (inevitavelmente, meninas que sonham com o príncipe encantado) em que temos a mesma história chata e sem originalidade, onde garotas entre 14 a 25 anos, que ainda frequentam a escola ou a faculdade, pensam saber o que é o amor. Ver, portanto, o amor e confusões sentimentais de pessoas mais velhas, que já passaram por diversos problemas na vida e estão aptas a falar sobre o que é o amor, o que é amar e o que é sofrer por tudo isso é maravilhoso. Esse filme possui um enredo nada complicado sobre mulheres e homens na meia idade, mas na verdade é uma história sobre todos os sentimentos acerca dos seres humanos, e somente uma coisa os define, seja entre crianças, adultos ou velhos: simplesmente complicados.



Aproveitando o fato de "Simplesmente Complicado" ser distribuído pela Universal resolvi postar uma foto muito interessante que encontrei sobre a evolução do logo da produtora:



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