quinta-feira, 1 de março de 2012

375. TUDO PELO PODER, de George Clooney

Um filme sobre política que fala exatamente sobre isso: política e suas formas sujas e desonestas.
Nota: 9,4



Título Original: The Ides of March
Diretor: George Clooney
Elenco: George Clooney, Ryan Gosling, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Jeffrey Wright
Produção: Grant Heslov, George Clooney, Brian Oliver,
Roteiro: Grant Heslov, George Clooney e Beau Willimon
Fotografia: Phedon Papamichael
Duração: 101 min.
Ano: 2011
Gênero: Drama


CONFIRA O TRAILER DO FILME:


           A política é um meio arriscado de se viver a vida, e é essa a maior conclusão que podemos tirar dese filme. O publicitário Stephen Myers (Ryan Gosling) é um idealista político que admira profissionalmente Mike Morris (George Clooney) e suas ideias acima de qualquer outro político. Eis que Morris é candidato a presidência dos Estados Unidos da América e Myers um de seus principais assessores políticos, e é ai que mora o perigo. O rapaz se vê rodeado de pessoas que ele não faz ideia do que pretendem, em meio a isso tudo ele descobrirá as sujeiras que envolvem o chefe da assessoria Paul Zara (Philip Seymour Hoffman), o chefe de assessoria da opocição Tom Duffy (Paul Giamatti), a repórter política de um dos maiores jornais do país Ida Horowicz (Marisa Tomei) e a estagiária por quem ele se apaixona Molly Stearns (Evan Rachel Wood).
           Com um elenco tão fantástico Clooney não poderia errar em nada, apesar de ele ter dirigido poucos trabalhos (filmes foram apenas quatro, e uma série para televisão em 2005) ele se mostra muito mais do que um ator. Aqui ele acumula muitas funções: é diretor, vive o candidato a presidência, adapta a peça de Beau Willimon ao lado do próprio e de Grant Heslov e ainda é um dos produtores do filme, mas faz todas elas com uma competência que eu não espera vindo dele, sua atuação supera em muito o filme "Os Descendentes", aliás, esse filme supera em muito o filme dirigido por Alexander Payne, o roteiro é maravilhoso e a direção impecável. Clooney escolhe as tomadas exatas e os momentos são precisos.



          Mas existe alguma coisa a parte nesse filme, faz algumas críticas que venho querendo dar um ênfase no compositor Alexandre Desplat por seus trabalhos nos últimos anos estarem sendo tão bons, melhor ainda, 2011 foi uma ano e tanto para ele e é imperdoável ver John Willians (que apesar de ser, na minha opinião, um dos melhores compositores de trilhas sonoras para filmes de todos os tempos e um dos maiores vivos não faz muita coisa em "Cavalo de Guerra") indicado por "Cavalo de Guerra" e não ver Desplat entre os cinco. Bem, o fato é que Desplat participou das trilhas sonoras de nada mais nada menos do que oito filmes lançados em 2011: "Tão Forte e Tão Perto", "Carnage", "Tudo Pelo Poder", "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte II", "Uma Vida Melhor", "A Árvore da Vida", "La Fille du Puisatier" e "Largo Winch II", desses eu assisti cinco (que inclusive são indicados em pelo menos uma categoria no Oscar) e confesso que não me decepcionei nem um pouco. Por fim, podemos concluir que o francês está lutando e se esforçando muito para nos fazer acreditar que ele pode ser o quarto entre os melhores compositores atuais (John Williams, Howard Shore e Hans Zimmer) que juntos os (quatro) somam no ano de 2011 mais de vinte trilhas sonoras e são os responsáveis pelas maiores franquias dos últimos anos: "Harry Potter", "O Senhor dos Anéis" e "Piratas do Caribe", que, juntando-se todos os seus filmes somam quase quinze bilhões de dólares de lucro. Em "Tudo Pelo Poder" ele é fantástico e sua trilha é extremamente apropriada para cada cena.
       Clooney, Seymour Hoffman, Giamatti e Tomei já são nomes conhecidos e garantia de atuações satisfatórias mesmo que em filmes ruins. Já Gosling e Rachel Wood são nomes menos conhecidos, mas que prometem muito. Ele ganhou o público apenas em 2004 (já atuava desde 1995) com o fraco "Diário de uma Paixão" e se firmou como um dos melhores de sua época em 2010 com "Namorados para Sempre" onde contracena com Michelle Williams, esse ano lança quatro filmes entre longas e um curta, todos extremamente bem aclamados pela crítica e pelo público. Ela é um pouco mais nova, apenas 25 anos e conquistou público e crítica em "Aos Treze" de 2003 (lembro-me bem da certa polêmica que esse filme causou e como começou a ser utilizado como material nas escolas alertando os perigos das drogas), hoje ela já possui 27 indicações à prêmios, venceu oito, dentre algumas indicações estão o Globo de Ouro e o Emmy; apesar de tudo foi apenas no ano passado que ela foi reconhecida da forma que devia por uma das melhores minisséries que já assisti, em "Mildred Pierce" ela atua como filha de Kate Winslet e é magnífica, aliás as duas o são, dentre seus outros trabalhos estão filmes como "Across the Universe" (2007) e "O Lutador" (2008) e a série True Blood (2009-2011)



          Existem acontecimentos nesse louco mundo do entretenimento que são inexplicáveis, um deles é "Tudo Pelo Poder" ter sido tão rejeitado pelas premiações, apesar disso marcou 85% de aceitação no maior site de críticos do mundo (http://www.rottentomatoes.com/). Provavelmente devemos essa rejeição ao fato de o filme abordar essa sujeirada da política americana de forma tão aberta para que qualquer um possa ver como rola a coisa entre eles. Pelo poder os humanos são capazes de tudo, não existem inocentes quando o assunto é chegar ao topo de dominar o maior número possível de pessoas no mundo e esse filme mostra de forma perfeita esse ideal.
         O filme foi indicado a apenas um Oscar, de melhor roteiro. Foi indicado em quatro categorias do Globo de Ouro, não levou nenhuma. Também foi indicado no Sindicato dos Produtores, e perdeu.Foi indicado ao BAFTA, não ganhou. Coube ao Instituto Australiano de Filmes considera-lo melhor filme e roteiro do ano.

           Essa semana o Festival de Cannes publicou o cartaz de sua 65ª edição, confiram a homenagem à Marilyn Monroe abaixo:

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