segunda-feira, 19 de março de 2012

358. O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON, de David Fincher

"A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18”, sabiamente disse Mark Twain, e é isso o que este espetáculo na telona nos mostra.
 Nota: 9,6



Título Original: The Curious Case of Benjamin Button
Direção: David Fincher
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Taraji. P. Henson, Tilda Swinton, Elle Faning, Jared Harris, Tom Everet, Fiona Hale e Joeanna Sayler
Produção: Kathleen Kennedy, Frank Marshall e Ceán Chaffin
Roteiro: Eric Roth, Robin Swicord e F. Scott Fitzgerald (romance)
Ano: 2008
Duração: 166 min.
Gênero: Drama

CONFIRA O TRAILER DO FILME:


Benjamin Button tem uma vida comum, como qualquer homem, com uma ressalva: ele nasceu velho e foi ficando jovem com o passar dos anos. No enredo Benjamim nasce e, devido ao fato de ser tão deformado, é deixado na porta de um asilo, ali a senhora dona do local resolve cuidá-lo como faz com seus velhinhos. Com o passar dos anos o rapaz (que na realidade é um velho) se desenvolve e vai cuidar de sua própria vida, se envolvendo em diversos problemas e soluções. Quando criança (ou melhor, alguns anos depois de nascer) ele conhece a bela Daisy, com quem se reencontrará e viverá um belíssimo caso de amor quando eles se encontrarem na casa do 30/40 anos de idade.


Fincher é o que se pode chamar de um excelente cineasta, não fez muitos filmes, mas podemos citar grandes produções realizadas por ele: “Seven – Os sete Pecados Capitais” (1995) que trabalha os sete pecados com sarcasmo e elenco ótimos; “Vidas em Jogo” (1997); “Clube da Luta” (1999), que se tornou um dos maiores clássicos do cinema contemporâneo; “O Quarto do Pânico” com Jodie Foster e, sabe-se Deus porque ela foi escalada, Kristen Stwert; “A Rede Social” (2010), visto como um dos melhores filmes daquele ano; e, recentemente “Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheres” (2012), forte filme sobre problemas familiares que vai bem além disso (publiquei uma crítica sobre ele há algum tempo, para quem quiser saber mais). Além disso dirigiu clipes de artistas consagrados como Madonna. De todos seus filmes é difícil dizer qual gosto mais, mas se pudesse escolher dois “Benjamin Button” seria um deles. É um filme vivo, cheio de realidades da vida (apesar de tudo), que tem cenas marcadas pelo prazer de se ver algo tão bonito. A direção de arte, o figurino (obrigado a mudar diversas vezes pelo passar dos anos na história), a fotografia, a maquiagem para tornar todos mais jovens ou mais velhos, as edições de som e imagens e a trilha sonora são impecáveis, esse último foi feito por Alexander Desplat (em algum post mais antigo falei mais acerca dele, que está lutando incessantemente para ficar ao lado de John Williams, Howard Shore e Hans Zimmer no quesito qualidade).


Pitt vive Button, já é difícil fazer uma personagem que seja mais nova, ou uma mais velha, imagina interpretar uma mais velha, com a tua idade e mais nova, tudo isso em um mesmo filme, ou seja, passar por diversos estágios da vida em apenas uma personagem. Brad já havia trabalhado com Fincher em “Seven” e “Clube da Luta”. Daisy é interpretada por uma atriz que particularmente adoro, Cate Blanchett, sua personagem é uma bailarina, e como tal Blanchett é viva e alegre, mas sem se esquecer dos problemas da vida. A senhora que acolhe tão amavelmente Button é vivida por Taraji P. Henson, irreconhecível no papel; mas o elenco não termina aqui: Tilda Swinton, Elle Faning, Jared Harris, Tom Everet, Fiona Hale e Joeanna Sayler são mais alguns dos interpretes que completam esse time esplêndido.


Posso ser apenas um jovem com dezessete anos cheio de sonhos e sem nenhuma experiência na vida, mas devo concordar com Twain e dizer que o filme mostra o quão bom seria se pudéssemos ser tão conscientes como quando seremos quando fizermos oitenta, para tomar decisões agora; como seria bom ter experiências de um homem de oitenta em um corpo de trinta para podermos viver com mais prazer e seguramente e para fazer o melhor possível pelo mundo em que vivemos. É nisso que esse filme sustenta sua história, não que seja somente nesse propósito, muito pelo contrário, mas ver a adaptação do conto de F. Scott Fitzgerald de forma tão elegante e com tanta qualidade será sempre um deleite para os olhos.


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