segunda-feira, 19 de março de 2012

357. CISNE NEGRO, de Darren Aranofsky

Thriller mistura problemas emocionais, frustrações da vida e balé e conquista a todos com tamanha beleza e qualidade.
Nota: 9,2



Título Original: Black Swan
Direção: Darren Aranofsky
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Winona Ryder, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Benjamin Millepied, Sebastian Stan
Produção: Mike Medavoy, Brian Oliver e Scott Franklin
Roteiro:  Mark Heyman, Andres Heinz, John J. McLaughlin
Ano: 2010
Duração: 108 min.
Gênero: Thriller / Drama

CONFIRA O TRAILER DO FILME:


Nina é uma aspirante a atriz que deseja, mais que tudo na vida, conseguir o papel principal na peça de Tchaikovsky “O Lago dos Cisnes”, mas para tal precisa demonstrar que é capaz de interpretar tanto o dito cisne bom, quanto o cisne mal. O primeiro a jovem tira de letra, mas encontrar inspiração para a segunda personalidade da personagem está difícil, e nessa busca pela perfeição Nina descobrirá um ser maligno em si mesma. Em meio a isso tudo ela vive constantes em sua relação com a mãe e descobertas de sua vida pessoal. Esse filme conquistou parte da crítica e arrebatou o público de uma forma poucas fezes visto, no ano em que foi lançado os detentores de toda glória para os críticos eram o filme de David Fincher “A Rede Social” e o vencedor do Oscar de melhor filme “O Discurso do Rei”. Vale falar sobre os pôsteres do filme: são simplesmente perfeitos por revelarem tanto e tão pouco sobre a produção, em especial o primeiro, um dos melhores que já vi.


A classificação desse filme é bem relativa, é um drama misturado com um thriller fortíssimo, no entanto quando o diretor sabe usar isso a seu favor não tem como realizar um filme ruim. Poríamos comparar sua estrutura com o filme com Bette Davis e Olivia De Havilland (sobre o qual falei há poucos dias) “Com a Maldade na Alma”, afinal são dois filmes que tem muito em seu enredo para serem fracos, mas que com cenas e diálogos impactantes, além de belíssimas escolhas por parte do diretor e das atuações magníficas se tornam ótimas pedidas quando se busca filmes de qualidade. Aronofsky é um diretor e tanto, veio do muito conceituado “Réquiem para um Sonho” (2000) e do tão falado filme sobre a volta (ou não) de Mickey Rourke “O Lutador” (2008), aqui ele tem uma fotografia mais escura (própria para o filme) o que não se torna algo desfavorável, muito pelo contrário, ele consegue tirar o melhor possível de seu espaço e sua luz (o falta dela). Falar sobre a trilha sonora desse filme é algo complicado por que as vezes as músicas originais criadas para o filme se perdem em meio a tanta genialidade do compositor da peça central do filme.


Natalie Portman dá o seu melhor em cada cena do filme, as dúvidas da personagem parecem se tornar dúvidas da própria atriz e ela nos presenteia com um atuação estupenda, cada prêmio que ela venceu graças a sua personagem, incluindo o Oscar, foram totalmente merecidos (apesar de eu amar Annete Benning e ter adora sua interpretação em “Minhas mães e meu Pai), ninguém naquele ano superou Portman, e sua atuação foi uma das melhores dos últimos anos, o filme representou ainda mais para atriz: conheceu seu marido (o qual faz uma ponta no filme, em uma cena o diretor do espetáculo perguntará a um dos bailarinos que está ensaiando com Nina, “Você foderia essa mulher?” e o cara responde “Não”, o que prova mais ainda a perfeição de Natalia ao dar vida a uma garota fria sem sex appeal nenhum), bem, o cara dormiu com a atriz e em meio as filmagens ela ficou grávida (por isso usam dubles de corpo em algumas cenas). Cenas como a de Nina e sua cutícula no banheiro de uma festa, a masturbação da inocente menina, a aparente primeira balada de sua vida, o sonho dela com  colega e, principalmente, a do espelho, são algumas que merecem destaque entre tantas do filme. Mas Natalie não está sozinha, sua mãe frustrada por ter uma carreira fracassada é interpretada por Barbara Hershey (que possui algumas semelhanças com a personagem, em seu tempo fora uma atriz próspera),Mila Kunis interpreta a colega de palco que a leva para a boa vida das noitadas, Winona Ryder faz uma pontinha como a ex-bailarina que Nina tanto admira e, por fim, temos a grande interpretação de Vincent Cassel que faz o sedutor diretor da peça de teatro que quase nos convence que é ele quem deseja Natalie (particularmente acho o trabalho desse ator francês incrível).


Daren Aranofsky realiza aqui um filme maravilhoso que, com a ajuda de um técnico impecável e lindas atuações, foi considerado por muitos o melhor thriller da década e, realmente, isso é o que podemos chamar de um thriller de qualidade, ele não é nenhum filminho americano sobre assassinados ou loucuras misturadas a um tom de comédia ridículo, e é isso que faz de “Cisne Negro” tão bom, ele não é como os outros, por que possuí uma qualidade inimaginável para um filme independente e traz cenas marcantes como poucos filmes bem maiores tentaram fazer diversas fezes.



ACESSE NOSSA PÁGINA NO YOUTUBE:
 http://www.youtube.com/user/projeto399filmes

Um comentário:

Poderá gostar também de: