domingo, 25 de março de 2012

355. SWEENEY TODD: O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET, de Tim Burton.

Obscuridade, Burton, Depp, Bonham Carter em um musical, poderia ser mais aterrorizantemente delicioso?
Nota: 8,7



Título Original: Sweeney Todd – The Demon Barber of Fleet Street
Direção: Tim Burton
Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Alan Rickman, Timothy Spall, Sacha Baron Cohen, Ed Sanders
Roteiro: John Logan, Hugh Wheeler e Christopher Bond
Ano: 2007
Duração: 116 min.
Gênero: Drama / Musical

CONFIRA O TRAILER DO FILME:

             Benjamin Baker passou quinze anos longe de Londres por culpa do juiz Turpin que desejava acima de tudo sua esposa. Agora Baker voltou com a certeza de que sua esposa morreu e com sede de vingança de todos aqueles que lhe tiraram a liberdade, a esposa e a filha do casal que mora na casa do juiz (o pior é que o velho quer casar com a menina), ele volta a sua casa e com o apoio da Sra. Lovett eles farão do povo de Londres o recheio dessa história muito louca. Essa é a adaptação de uma peça de teatro, e dessa vez temos as duas impressões: por vezes vemos claramente a adaptação, como nas cenas no restaurante; outras vezes vemos cenas mais amplas que não chegam nem perto de uma peça, como a maior parte das cenas nas ruas imundas da capital inglesa.


             Tim Burton é fantástico, fato. Por vários motivos: é um excelente diretor e sua mente está sempre processando histórias malucas de personagens mais malucos ainda. A obscuridade habitual dele dobra nesse filme, a época claramente ajuda (provavelmente Londres foi uma das cidade mas sujas do mundo durante séculos, devido a falta de limpeza do rio Tâmisa), é por volta de 1850 e a cidade é um verdadeiro amontoado de lixo. Burton é marido de Bonham Carter, digo, de fato, mas seu casamento com Johnny Depp já é mais velho e seus frutos foram mais numerosos, no total oito: “Edward Mão de Tesoura” (1990) o clássico moderno; “Ed Wood” (1994) o fracasso sobre o fracassado; “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça” (1999), a direção de arte dos sonhos; “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (2005), a refilmagem adaptada que conquistou a mundo; “Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” (2007), o musical do ano; “Alice no País das Maravilhas” (2010), a adaptação muito bem feita tecnicamente que não conquistou a crítica; e o ainda inédito “Sombras da Noite” (previsto para 2012), o filme que eu pensei que era um drama pesado sobre vampiros, mas com o primeiro trailer vi uma comédia negra das melhores, própria dessa dupla. A arte do filme, bem como o figurino, é brilhante, o fato de o filme ser negro não significa que sua técnica seja mal feita, muito pelo contrário, todos que desejam fazer filmes desse estilo deveriam assistir a “Sweeney Todd”. A trilha sonora adaptada da peça é ótima e todas as músicas merecem ser ouvidas diversas vezes, apesar de as vozes não serem as mais perfeitas do mundo elas são adequadíssimas para o contexto.


             Johnny Depp lidera um time de feras: Helena Bonhan Carter é a Sra. Lovett, suja, pobre e tem tudo para ser odiável, mas vivida pela atriz se torna extremamente cativante; Alan Rickman é o juiz Turpin, desse só podemos ter desprezo e ódio (mais um show por parte do ator); Timothy Spall é o perfeito Beadle, nojento e repugnante; o mesmo de pode dizer da primeira vítima de Todd, Pirelli, vivido por Sacha Baron Cohen; Jayne Wisener é a filha de Baker, Johana; Laura Michelle Kelly é a esposa de Baker, Lucy; Ed Sanders o ajudante da Sra. Lovett, o pequeno Toby, dono de uma voz e interpretação impressionantes; Jamie Campbell Bower é o amante de Johanna, Anthony. Depp é o perfeito Benjamin Baker, posteriormente Sweeney Todd para enganar um pouco os otários que lhe causaram mal, convenhamos que Depp é um dos melhores atores da atualidade, mas temos que ser sinceros (peço desculpa aos fãs dele, onde quase me encaixo) até chegar aqui ele teve que penar muito, possui personagens péssimas e atuações horríveis, mas o fato é que desde Edward ele prosperou e como Benjamin Baker ele é maravilhoso, ninguém teria feito melhor.


             Com a abertura do filme já podemos ter uma idéia de seu brilhantismo, ela é ótima. De música em música em música o filme voa e passa muito rápido, é o tipo de filme que se teve ter espírito para o inesperado e os litros de sangue que rolam durante o enredo são incontáveis. Logo é uma ótima pedida para os dias que seu lado diabinho está falando mais alto e você está louco para rir da morte alheia, mas previno já: comer tortas jamais será a mesma coisa.


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Um comentário:

  1. Burton e Deep, sempre rendem ótimos momentos à frente do telão!

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