domingo, 25 de março de 2012

351. O SENHOR DOS ANEIS: O RETORNO DO REI, de Peter Jackson

A união de Jackson e Tolkien foi perfeita nos dois primeiros filmes da Trilogia, aqui ela atinge um nível superior a perfeição, “O Retorno do Rei” é divino.
Nota: 9,8



Título Original: The Lord Of Rings: The Return of The King
Direção: Peter Jackson
Elenco: Ian McKellen, Elijah Wood, Sean Astin, Andy Serkis, Viggo Mortensen, Dominic Monaghan, Billy Boyd, John Rhys-Davies, Orlando Bloom, Bernard Hill, Miranda Otto, John Noble, David Wenham, Karl Urban, Liy Tyler
Produção: Peter Jackson, Barrie M. Osborne e Fran Walsh
Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyes, Peter Jackson e J. R. R. Tolkien (romance)
Ano: 2003
Duração: 201 min. / 251 min. / 263 min.
Gênero: Fantasia / Drama

CONFIRA O TRAILER DO FILME:

             Frodo, Sam e Gollum estão a caminho de Mordor; Gandalf e Pippin protegem Minas Tirith do regente; os últimos elfos da terra buscam a eterna imortalidade; Rohan recebe o chamado do branco para a batalha e se prepara; Aragorn busca ajuda dos mortos; Mordor se prepara para a guerra; e o mundo está, mais do que nunca, dividido entre o bem e o mal. Resumir toda a história em apenas um parágrafo seria impossível, e é bem mais excitante não saber nada além desses detalhes mínimos. Portanto me reservo ao direito de não falar mais acerca do enredo para não expor o destino das personagens que aprendemos a adorar com os primeiros dois filmes da Trilogia.
             Já elogiei tanto Peter Jackson e acredito que não conheça mais nenhum adjetivo para expressar sua genialidade na adaptação da Trilogia O Senhor Dos Anéis. Esse é o último filme da série, e, apesar de termos visto as guerras no segundo, as batalhas não se tornam enjoativas em nenhum momento, muito pelo contrário, elas são cada vez mais eletrizantes e divertidas. Aqui o que realmente é um pouco chato são as cenas de Frodo, Sam e Gollum, e ainda sim quando elas possuem as tomadas em que a criatura reflete sobre sua existência elas se tornam menos ridículas que nos primeiros filmes. As escolhas do diretor para as locações foram as mais variadas, dentre elas na Nova Zelândia (a maior parte, num todo 100 locações), as quais foram usadas durante mais de cinco anos (entre a gravação e as pré e pós gravações), entre a equipe técnica escolhida (chegam a mais de 2400 pessoas em algumas fases das gravações) ser a melhor possível na época; e os 114 interpretes com fala, escolhidos a dedo por serem apaixonados pela história e a conhecerem muito bem (como já foi apontado pela leitora do blog Madalena Derzi) e mais de 20 mil figurantes; além disso os costureiros, maquiadores, sapateiros, designers, bordadeiros, joalheiros,  escultores, desenhistas que cuidaram de todo o figurino, acessórios, miniaturas, máscaras, dentre outros e especialistas em línguas para as criações de línguas totalmente diferentes das que conhecemos.
             Mais uma vez é impossível deixar de falar sobre a estupenda trilha sonora de Howard Shore (salientando que ao todo mais de nove horas de música foram feitas para toda a Trilogia), o compositor nos proporciona tanto lindas músicas quando aquelas próprias para cenas devastadoras, que não são necessariamente feias, mas fazem seu papel obscuro muito bem; em uma épica cena Gandalf define o a morte ao som da música “Into the West”: “Fim? Não, a jornada não acaba aqui. A morte é apenas um outro caminho, que todos demos que tomar. A cortina cinza desse mundo se enrola e tudo se transforma em vidro prata. E, então você vê. Praias brancas, e o além. Os campos verdes longínquos sobre um belo amanhecer. Não, não é tão ruim.”
             Confesso que até cogitei a possibilidade de continuar no parágrafo a cima para falar sobre os prêmios que o filme conquistou, mas aí sim seria muito. Portanto cá estamos, comecemos pelo mais importante de todos, indicado a onze Oscar venceu todos: filme, direção, roteiro, trilha sonora, canção original (Into the West), direção de arte, figurino, edição, maquiagem, mixagem de som e efeitos visuais; no BAFTA foram doze indicações, mas apenas quatro prêmios: efeitos especiais, fotografia, roteiro e filme; no Globo de Ouro foram quatro indicações e quatro prêmios: filme, direção, trilha sonora e canção original (Into the West); no Grammy levou os óbvios: trilha sonora e canção original (“Into the West); além de diversos prêmios de críticos: Toronto, Chicago, Phoenix, Australia, Dallas, Flórida, Las Vegas, Londres, San Diego, San Francisco entre outros; indicado no prêmio do Sindicato dos Roteiristas (ao lado de “Sobre Meninos e Lobos”) e perdeu para “Anti-Herói Americano”; venceu o sindicato de Atores como melhor elenco e dos diretores como melhor direção; ao todo mais de cem prêmios e mais de setenta indicações.
             Falar sobre os atores seria por demais repetitivo, portanto é suficiente voltar as críticas em uma ou duas semanas e ler o que escrevi sobre eles, mas devo deixar claro o que não deixei (por motivos compreensíveis) que o novo Gandalf de McKellen é totalmente diferente do visto no primeiro filme, agora além de mais poderoso ele parece mais inteligente, confiante, esperto e certo do que se deve fazer na vida.Quando disse que assim que assistisse “A Invenção de Hugo Cabret em 3D diria alguma coisa no blog, aqui vai: o 3D de Scorsese é simplesmente tudo o que se espera de um 3D bem feito, é lindo e supera em todos os sentidos todos os 3D até aqui, nos faz rir e chorar, nos faz sentir felicidade e tristeza e me fez parecer um eterno bobo na sala de cinema, por um simples fato: faz a maior homenagem a criação do cinema que se pode ver. Admito, portanto, que se “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” fosse feito com o 3D de “A Invenção de Hugo Cabret” seria não apenas um dos maiores marcos da história do cinema, seria o melhor filme de todos os tempos. Não que esse desfecho precise disso, vale todos os minutos em frente a tela por ter a coragem de fazer a adaptação de uma das histórias mais amadas de todos os tempos, e essa coragem vem com estilo e precisão inimagináveis, aliás é isso o que Tolkien nos propõe em suas história e Jackson reproduz com sucesso: o inimaginável.
             Dez cenas simplesmente inesquecíveis (vale lembrar que existem mais de 30 cenas deletadas, elas podem ser conferidas em sites como o youtube, é só procurar por “cenas deletadas o senhor dos anéis o retorno do rei”), sei que muitos irão discordar de minhas cenas e de sua ordem, quem lembrar de outras comente aí.

10. Laracna, a aranha gigante 

09. A verdadeira história de Smeagol

08. Legolas e o Olifante (aqui uma espécie de elefante gigantesco)

07. O ataque fantasma à Cidade Branca;

06. A última cena de Frodo, Sam, Gollum e Um Anel

05. Pippin sinalizando o pedido de ajuda a Rohan, e Rohan correspondendo

04. A recriação da Espada Andúril e sua volta para o verdadeiro rei

03. A última batalha em frente aos portões de Mordor

02. Chegada de Gandalf e Pippin em Minas Tirith

01. Gandalf de encontro ao Nazgul para salvar o que restou dos homens de Minas Tirith

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